quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Tigela de gelo com flores

Para quem gosta de arrumar a casa com flores em dia de festa, uma ideia para encantar as visitas no almoço do primeiro dia do ano:

Você vai precisar de duas tigelas quaisquer (que possam ir ao freezer e sejam uma menor do que a outra), algumas flores, ramos de folhagem e água.

Coloque algumas flores e folhas dentro da tigela maior, no fundo. Coloque então a tigela menor dentro da maior e vá colocando flores e folhas entre uma e outra de forma bem distribuída. Com cuidado começe a colocar água entre as duas tigelas e quando a menor começar a subir, prenda as bordas das duas com pedaços de fita crepe ou coloque um peso dentro da tigela menor. Cuidado para que as partes de baixo das duas não se enconstem, senão sua tigela de gelo ficará sem fundo. Continue colocando água até completar todo o espaço e leve ao freezer por algumas horas. Para desenformar jogue um pouco de água quente por fora e por dentro das formas. Daí é só levar à mesa sobre um prato grande de vidro ou cerâmica servindo frutas como sobremesa. Não se esqueça de escorrer algumas vezes a água que vai se acumulando no prato, para não molhar sua toalha de festa. E feliz ano novo!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mosca minadora

Certo como dois e dois são quatro, mais cedo ou mais tarde você vai encontrar as folhas do seu manjericão com manchas assim:

É a mosca minadora, uma mosquinha pequena que põe ovos de onde nascem lagartinhas que andam por dentro das folhas formando essas manchas. Por isso algumas pessoas também chamam essa praga de lagarta minadora. Aplicar óleo de neem (ou nim) diluído em água inibe o crescimento da lagarta e repele as moscas, acabando com o problema. Aplique a solução quatro vezes, uma por semana, borrifando as folhas em cima e embaixo. As folhas já estragadas devem ser arrancadas, não tem jeito, mas as outras podem ser consumidas normalmente depois de bem lavadas. O óleo de neem pode ser comprado em qualquer boa loja de produtos de jardinagem e sua aplicação é aprovada pela “filosofia” orgânica.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saco é um saco

Enquanto a tv interna do supermercado mostra a campanha Saco é um Saco! - iniciativa do Ministério do Meio Ambiente - eu tento, em vão, pesar uma melancia e um cacho de bananas sem colocá-los dentro de saquinhos. Segundo o funcionário do hortifruti, a orientação da gerência é para que nada ali seja pesado sem estar acondicionado dentro de um saquinho fechado com um nó.
-Mas você não pode colar a etiqueta na casca da melancia e pronto?
-Não, senhora, infelizmente não posso.
-Isso é pra evitar que eu troque a etiqueta de melancia e leve uma pela outra?
-Não sei. Acho que não, porque qualquer pessoa pode fazer isso mesmo com a fruta no saquinho.
-Então?
-São ordens da gerência. Senão depois quem leva a bronca sou eu.
Fui conversar com a gerência, que me respondeu:
-A senhora tem toda razão, inclusive nós nunca demos essa orientação pra nenhum funcionário. Pode deixar que eu vou conversar no setor.
Quase um mês depois, no mesmo supermercado...
-Senhora, não posso pesar o cacho de bananas assim. Vou colocar num saquinho pra senhora.
É ou não é um saco?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

As Ervas na Cozinha

Ganhei de uma amiga nova mas já muito querida um livro delicioso, cheio de histórias simpáticas e receitas simples. Em As Ervas na Cozinha, Rosy Bornhausen continua um trabalho começado anos antes em As Ervas do Sítio (este esgotado em livrarias e difícil de encontrar até mesmo em sebos). O livro agrupa receitas para o verão, outono, inverno e primavera, e ensina como tirar o máximo proveito de ervas, temperos e ingredientes naturais característicos de cada estação, além de contar um pouco de história da alimentação e dar dicas de como servir refeições de maneira elegante e prática. Tudo narrado com muito carinho, simpatia e simplicidade. As ilustrações são de Maria Eugênia, que acertou a mão e enriquece ainda mais as páginas do livro com figuras delicadamente bem humoradas. A editora é Bei.

Acrescentado em 30/dez/09: a boa notícia de fim de ano é que a Editora Bei lançou novamente o livro As Ervas do Sítio, que agora compõe um kit junto com As Ervas na Cozinha, os dois acondicionados numa caixa-luva. Nas boas livrarias da sua cidade.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Manejo ecológico

É só parar de usar veneno e adubos químicos que os bichos começam a frequentar a horta e o jardim. Cada um mais incrível que o outro!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Orquídeas nas árvores

O que fazer com aquela orquídea que você ganhou e nunca mais floresceu sob os seus cuidados?
A cidade de São Paulo vem sendo delicadamente embelezada com um hábito super saudável que cresce entre seus moradores. Por bastante tempo o paulistano jogou nos lixos e caçambas da cidade orquídeas sem flores depois de perder a paciência esperando que elas florescessem outra vez. Conta a lenda que um grupo de porteiros do bairro dos Jardins começou a recolher essas orquídeas e amarrá-las nas árvores das ruas. Pouco tempo depois elas começaram a florescer, já que o habitat natural dessa planta é mesmo o tronco das árvores – grande parte das orquídeas é epífita: vive sobre outro vegetal usando-o apenas como suporte, sem tirar dele seu alimento. Uma parte das raízes se prende aos troncos e algumas vivem aéreas (por isso os vasos para orquídeas têm buracos). Sob a sombra das copas elas se alimentam da umidade do ar e de restos de insetos e folhas que caem e se decompõem sobre as raízes. Assim vivem do jeito que mais gostam e por isso logo florescem.
Foi o que viram os moradores de um simpático edifício na Vila Mariana, em São Paulo. No mês de novembro, caminhando pela rua, me deparei com uma Phalaenopsis incrível, toda florida, e conversando com o porteiro descobri que ela tinha sido colocada na árvore do jardim, sem nenhum sinal de flores, há pouco mais de dois meses. Olhando com mais atenção vi outras cinco orquídeas presas nas árvores do prédio, algumas no final da floração, outras começando botões.
Se você tem orquídeas em casa e não tem conseguido fazem com que elas floresçam, que tal subir numa escada e prendê-la na árvore da sua rua ou prédio? É a maneira mais garantida de ganhar flores uma vez por ano.

Obs: Escolha um lugar mais próximo à copa, de preferência uma forquilha, onde se acumulam restos de folhas e umidade, e para amarrar a orquídea ao tronco use barbante grosso de algodão, fitilho de plástico ou arame encapado, tipo fio de telefone. Cuidado para não apertar muito. Em pouco tempo as raízes da planta se prendem por si próprias e você pode tirar a amarração.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fios e fios

Você joga fio dental no lixinho do banheiro ou ele vai água abaixo pela privada?
Se você respondeu lixinho, parabéns. Já se respondeu água abaixo... O fio dental é uma material fibroso, de decomposição lenta, e as companhias de tratamento de esgoto gastam dinheiro pra retirá-lo da água e jogá-lo no lixo, o mesmo lixo para onde ele já poderia ter ido pelas suas mãos. Junto com milhares de metros de fio dental são recolhidos também milhões de fios de cabelo, que embolados formam redes resistentes onde se prendem gordura e dejetos que vão pelo cano, entupindo tudo. Jogue fio dental e cabelos no lixo e mantenha sempre limpos ralos de chuveiros e pias. Parece pouco, mas ajuda muito!

Às vezes acontece...

Você semeia, rega, cuida, e às vezes ainda acaba desapontado. É comum encontrar alguns (ou todos!) os rabanetes da sua horta rachados. Duas possíveis causas: solo pouco nutritivo ou nematóides na terra. Pelo que já pesquisei por aí é mais provável que seja a segunda opção, que também racha cenouras, beterrabas e raízes em geral. Plantar na horta uma florzinha chamada Tagetes (nome popular Cravo de Defunto), além de enfeitá-la ajuda a combater o ataque desse verme. Aconteceu comigo, e cinco mudas de Tagetes parecem ter acabado com os vermes na minha caixa-horta de 0,8 metro quadrado. Nunca mais tive problemas, e já são 7 meses de horta.
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Flores de Tagetes

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dois biscoitos, três embalagens

No domingo, numa cafeteria bonitinha de tarde com a família, sobraram dois biscoitos na cestinha. A garçonete perguntou se queríamos levar e eu disse “quero sim, tem um saquinho de papel, tipo mini saquinho de pão?” Ela respondeu “pode deixar, vou embalar pra vocês”. Distraída, fui conversando pela calçada e esqueci do assunto. Já no carro a Cris me entrega uma sacola: “toma, seus biscoitinhos”. Bobeei, pensei, devia ter ficado junto com a moça e recusado a sacolinha, como sempre. Paciência. Em casa, comecei a desembrulhar. Era uma sacolinha enorme, dentro dela um saco pra 5 pães franceses e dentro dele uma embalagem de plástico com tampa, de diâmetro maior que o de uma laranja.

Não tem jeito, tem que ficar junto vigiando e insistindo que não precisa de tanto papel e plástico. A tendência das lojas ainda é embalar bastante, o máximo possível. E quando você diz que não precisa de tudo aquilo os vendedores respondem “imagina, não custa nada, assim fica bem protegido”. Ainda hoje bastante embalagem representa uma gentileza, um agrado que a loja faz para o cliente. Mesmo quando é exagerada.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Papel alumínio X papel manteiga

Uma boa ideia na hora de levar algum alimento ao forno é proteger a assadeira com papel alumínio, certo? Fica mais fácil desenformar e facilita muito a hora de lavar a forma.
Mas reciclar o alumínio depois disso nem pensar, afinal ele sai imundo, engordurado, todo grudado. Você já experimentou substituí-lo por papel manteiga? Ele protege a forma da mesma maneira, pode ser untado com óleo, azeite ou manteiga se for necessário, pode ser usado para cobrir os assados no forno ou os alimentos na geladeira da mesma maneira que se usa o alumínio, e ainda tem a vantagem de se degradar MUITO mais rapidamente no lixo além de poder ser levado ao microondas sem risco de faíscas no interior do aparelho. Também elimina a polêmica "lado brilhante para fora ou para dentro" e é super fácil de encontrar para comprar. No supermercado os dois costumam estar na mesma gôndola e tem preços semelhantes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Saquinho de jornal

Dia desses, quando recusei a sacolinha plástica numa loja, ouvi da moça do caixa: mas como você faz com o seu lixo? Não foi a primeira vez que me perguntaram isso. A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo? Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:

Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado. Para ver melhor os detalhes, clique na foto para aumentar.

Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.

Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.

Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.

Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:

Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.

Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.

Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:

Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!

É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!

Que tal?

Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Papel higiênico no vaso sanitário

É uma polêmica. Uns dizem que pode, outros que não pode, mas nada como a opinião de um profissional da área. Saiu no jornal Folha de São Paulo em 28 de junho de 2008, na coluna Dúvidas Éticas do caderno Vitrine:

"Onde devo jogar o papel higiênico: no vaso sanitário ou na lixeira?"

Se o bairro onde você mora tem tratamento de esgoto, jogue o papel no vaso sanitário. "Esse material é feito para se dissolver. Se não for jogado em excesso, não entope os canos e não há consequência para a rede ou o tratamento", diz Hélio Padula, 54, gerente de seviços da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
"O mundo inteiro joga o papel no vaso sanitário. Só aqui temos esse hábito do jogar na lixeira", diz Pedro Alem, 64, professor do departamento de engenharia hidráulica e sanitária da Poli-USP. "Possivelmente, nos lugares onde há avisos para não jogar no vaso, é porque as pessoas não devem jogar só papel", diz.
Mas, se onde você mora não há tratamento de esgoto, o papel vai parar em rios ou córregos, sobrecarregando-os de matéria orgânica para decompor. O melhor, nesse caso, é jogar o papel na lixeira, já que a coleta de lixo deve ser melhor que o sistema de esgoto.
Para a professora de microbiologia da UERJ, Vânia Merquior, 46, a escolha não deve ser feita por preocupação com a saúde. "A contaminação da lixeira não é significativa em termos microbiológicos." Ela explica que as bactérias sobrevivem só por algumas horas e que elas não circulam no ambiente se estiverem no cesto, como acontece, por exemplo, ao se dar descarga com a tampa aberta. "Mas se você jogar o papel no vaso sanitário, há mais chances de evitar o manuseio desse lixo por um terceiro", diz.
Pergunta enviada por Vilma Santos e Vera Roso, de SP.
Reportagem de Cyrus Afshar

Aproveito para dar meu depoimento: já morei em 17 casas e apartamentos diferentes nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, e durante toda a vida eu e minha família jogamos papel higiênico no vaso sanitário. Nunca houve um só episódio de entupimento. Hoje todos são adultos, cada um na sua casa, e continuam jogando papel higiênico no vaso sem problemas. Claro que o bom senso conta muito, como sempre. Grandes quantidades de papel de uma vez só ou qualquer outro tipo de lixo (absoventes, cotonetes, fraldas, etc) são problema na certa, por isso, mantenha uma lixeirinha no seu banheiro para tudo que não deve ir por água abaixo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Menos 800 sacolinhas e aumentando...

Em junho do ano passado, quando minha gata mais velha fez 14 anos, por curiosidade peguei a calculadora para descobrir quantas sacolinhas plásticas joguei no lixo com xixis e cocôs retirados da caixa de areia desde que ela veio para casa, com dois meses de idade. Quase caí para trás com o número 7.665, resultado de uma média de 1,5 sacolinhas por dia (alguns dias gastava 1, em outros 2, poucas vezes 3). Já há tempos vinha pensando que devia arrumar um jeito de substituir o plástico, mas diante desse número a questão virou urgente pra mim. Inventei então um envelope básico, muito simples, feito de jornal e um grampo, e que substitui perfeitamente as sacolinhas. O jornal, aliás, passou a ser o grande substituto do plástico aqui em casa, porque além de se decompor rapidamente no lixo, permite que o que está dentro dele se decomponha também. Já o saquinho plástico não só demora séculos para se desfazer como também atrapalha a degradação do que está dentro, que fica ali hermeticamente fechado durando muito mais do que se estivesse exposto ao ar. Abaixo as fotos do passo a passo do envelope, que demora 2 segundos para ser feito.

Trabalhe com duas, ou se preferir três folhas de jornal juntas. Dobre uma das pontas de baixo para dentro, passando mais ou menos dois dedos da dobra vertical do centro das folhas.

Dobre a outra ponta para dentro, passando também dois dedos do centro para o outro lado.

Vire para cima a pontinha que se formou embaixo e grampeie, para fechar o fundo do envelope.

Acabou, está pronto.

De vez em quando páro 5 minutos, faço diversos envelopes de uma vez e dobro cada um em quatro: um lado sobre o outro e a parte de baixo para cima, como se estivesse dobrando a folha aberta do jornal. Assim tenho sempre um estoque e não preciso fazer todo dia.
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Na hora de usar é só segurar uma das abas para manter a boca do envelope aberta, encher de areia e etc, e no final dobrar tudo, fechando bem antes de colocar na lata de lixo.

E nesse último ano e meio NENHUMA sacolinha plástica foi para o lixo embalando lembranças dos gatos. Já são mais de 800 economizadas.
Em breve mostro outras maneiras de substituir o plástico pelo jornal na hora de embalar lixo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O prazer de cultivar

Pra quem quer aprender um pouco sobre jardinagem básica, cultivo de ervas e horta doméstica sem ter que ir atrás de livros técnicos, um livrinho super simpático é O prazer de cultivar, de José de Arimateas da Silva e Lisandre Figueiredo de Oliveira, publicado recentemente pela editora Casa da Palavra. É um livro pequeno, quase de bolso, que faz parte de uma coleção que já inclui O prazer de ficar em casa e O prazer de se cuidar. As dicas de plantio e cultivo são realmente boas, e o projeto gráfico do livro chama atenção pelo capricho. Todas as capas da coleção são uma graça, com cenas compostas por objetos em miniatura, e as ilustrações internas, de Joana Penna, são das mais delicadas e simpáticas que eu já vi.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Coleção de árvores

Sementes de Adenanthera pavonina, originária da India e Malásia*

Sementes de Acacia Mangium, originária da Austrália e Malásia*
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Coleciono sementes já há alguns anos mas nunca plantei nenhuma. Hoje, dia da árvore, resolvi que a coleção é linda, mas produzindo fica ainda mais bonita. Escolhi algumas das que mais gosto e plantei em potinhos de iogurte. As vermelhas do alto colhi na rua, num dia que caminhava pelo bairro. As de baixo colhi na casa do meu pai, e além de terem um curioso cabelinho amarelo em zig-zag, nascem dentro de uma escultura incrível, toda espiralada. Preciso descobrir o nome e se vai se adaptar bem em São Paulo.
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*Sementes identificadas com a valiosa colaboração do Sr. Flores Welle.
Adicionado em 7/jan/2010

sábado, 19 de setembro de 2009

Portátil e versátil

Coisa mais fácil de ter em casa é um vaso de manjericão. Você pode plantar uma, duas ou mais variedades juntas (tem o comum, o mini, o roxo, o italiano, o gigante...) e ver crescer uma incrível touceira perfumada. A vantagem da planta em vaso é que pode ser colocada num local de circulação do seu jardim para que você possa sempre passar a mão por ela e sentir o delicioso perfume dessa erva tão versátil. Conforme a planta vai crescendo você usa as podas para preparar molhos pesto, de tomate ou ainda misturar as folhas fescas numa salada verde. Dá também para cortar ramos e usar junto com flores em arranjos dentro de casa. Como a maioria das ervas, ele precisa de pelo menos 3 horas de sol direto todos os dias. Pode ser no quintal, na varanda ou até na janela da área de serviço. Uma dica importante é deixar sempre a planta com poucas flores. Cortar fora a floração faz com que o manjericão se mantenha sempre cheio de brotos novos e com o aroma acentuado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Não perturbe!

Só mesmo os olhos atentos do Neto pra encontrar no meio de toda aquela terra uma minhoca hibernando. É isso mesmo que você leu, minhoca hibernando! Assim que ele me mostrou, era uma bolinha perfeita e bem trançada. Foi o tempo de correr dentro de casa pra pegar a câmera e ela, talvez incomodada com a luz, começou a se desenrolar. Algumas fotos e logo a enterramos outra vez, pedindo desculpas pelo incômodo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ansiedade verde

Se ao invés de semear você preferir adiantar o expediente, é possível comprar mudinhas prontas de alfaces variados, rúcula, agrião da terra, rabanete, espinafre entre muitas outras hortaliças em boas lojas de jardinagem. É muito gostoso assistir sementes germinando, mas se você está com pressa, ansioso pra ver sua horta acontecendo...

As mudinhas acima (e a bandeja de isopor para transportá-las) foram compradas numa casa agrícola em São Paulo. Têm cerca de 15 dias de germinadas.

Primeiro dia: alface lisa e crespa, agrião, rabanete e rúcula foram transplantados para a horta num fim de tarde, quando o sol já não estava mais tão forte. Deve-se regar logo após o transplante e todos os dias a partir daí, de preferência de manhã cedo pra que as hortaliças estejam suficientemente hidratadas para encarar o sol forte do dia.

Quinze dias: Uma das primeiras atividades de todo dia é visitar a horta. Os passarinhos normalmente chegam antes de mim e deixam grandes buracos abertos, de onde tiraram minhocas suculentas. Cavam com tanta força que algumas vezes desenterram as mudas menores!

Vinte e seis dias: tudo já bem crescidinho. Até daria pra fazer um salada de folhas baby bem tenras, mas como a quantidade é muito pequena preferi aguentar um pouco mais e colher verduras mais volumosas. E para quem tem pressa de colher resultados, a hortaliça que não pode faltar na horta é o rabanete. A partir de 28 dias da semeadura já podem ser colhidos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Durante a construção da horta...

... semeei algumas hortaliças. Aliás, descobri que restaurantes da chamada “alta gastronomia” servem pratos enfeitados com brotos frescos de beterraba mais ou menos do tamanho desses da foto (7 dias). E além de bonitinhos, eles têm um sabor muito interessante!

Praticamente todas as hortaliças podem ser germinadas em sementeira e depois transplantadas. As raízes compridas (cenoura e nabo, por exemplo) são as que não aceitam transplante, então devem ser semeadas já no local definitivo seguindo as instruções do pacote de sementes.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cachorro ecológico

Madeiras recuperadas da caçamba do vizinho, serrote, pregos, parafusos, martelo, parafusadeira, furadeira e eu consegui! Construí uma horta-telhado para a casinha de cachorro. A caixa mede 0,80 x 1,00 m e tem profundidade variando de 20 a 28 centímetros, porque o fundo acompanha a inclinação da casinha, que teria um telhado convencional. Por dentro, a caixa vai ser pintada com Neutrol para impermeabilizar a madeira e melhorar a durabilidade, e por fora vai ganhar um verde escuro tipo lousa. O móvel que resgatei pronto (segunda foto do post abaixo, "entulho reciclável") receberá o mesmo tipo de pintura e vai virar jardineira, talvez uma "cenoureira", pelos 50 cm de profundidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

Entulho reciclável



A casa vizinha em obras, móveis velhos e restos de madeira descartados na calçada, e dentro da cabeça uma semente germinando: vontade de começar uma horta.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Primeira leitura

Em meados de 2008 conheci o livro O mundo é o que você come, da escritora americana Barbara Kingsolver. Decididos a mudar de vida, Barbara, o marido e as duas filhas se mudaram para uma fazenda na Virginia com o objetivo de passar um ano se alimentando com o que plantaram, criaram ou compraram de vizinhos. Nada de bananas do sul do continente ou carne congelada do outro lado do país. As feiras de fazendeiros locais, ou mercados do produtor, foram a opção para adquirir o que não puderam produzir ou trocar entre seus amigos. Alimentos fora da estação simplesmente não fizeram parte do cardápio da família. Nesse livro a escritora conta, de forma leve e bem-humorada, as dificuldades, sucessos e aventuras desse ano de agricultura familiar, e traz uma visão inovadora de como podemos comer bem sem termos que nos submeter a uma cadeia alimentar não sustentável, além de mostrar que plantar alimentos em casa, em pequenos quintais ou mesmo em vasos, pode ser muito mais fácil do que imaginamos.
A idéia foi semeada na minha cabeça e ficou em dormência por alguns meses. Poucos.