Muitas vezes o ano muda e não traz uma novidadezinha. Outras vezes muda tudo. Desta vez o ano mal começou e já está cheio de coisas novas. Uma delas aconteceu no sábado. Através da dica de um amigo novo fui parar no Tendal da Lapa, na reunião de um grupo de gente legal e animada pra colocar a mão na massa. A história é assim: o jornalista Denis Russo Burgierman (Editora Abril, Webcitizen, entre outras) concebeu e edita uma nova revista, a Gotas, que tem como pauta para a edição número 2 a idéia “chega de falar, é hora de fazer”. Para gerar material para a edição Denis marcou um encontro com a subprefeita da Lapa Soninha Francine e, como ele mesmo conta no blog do número dois da revista, perguntou para ela: “se eu chegar aqui com um bando de gente disposta a deixar um impacto positivo no bairro, você deixa?”. E ela adorou. Depois de mais de um mês juntando gente animada em participar o encontro foi marcado para este sábado que passou, 30 de janeiro. Cerca de 40 pessoas se juntaram num grande círculo dispostas a trocar idéias e descobrir de que maneira pode-se fazer alguma coisa bacana pela cidade e que lugar receberá este impacto. Foram quase 7 horas de reunião e um pequeno passeio pelo bairro, sugerido pela Soninha, para conhecer um lugar que há tempos precisa de revitalização: duas praças interligadas por um beco que esconde um córrego em seu subsolo. Divididos em pequenos grupos formados por interesses em comum (mobiliário urbano, iniciativas verdes, história/identidade, arte/cultura) andamos pelo beco imaginando ações: tirar o calçamento que cobre o córrego e deixá-lo exposto com um grande jardim no entorno; instalar mesas de jogos e leitura ao longo das paredes; plantar árvores pelo beco e nas praças; confeccionar placas escritas por crianças pedindo aos que passam pelo local mais respeito no trânsito... Ao final da reunião via-se nos olhos de cada um muita vontade ao lado de um enorme ponto de interrogação. Como fazer tudo isso? Dá tempo? Há dinheiro? A população vai abraçar as idéias? Uma nova reunião ficou marcada no próximo sábado para começar a dar andamento ao projeto. Tudo tem que estar pronto até o final de fevereiro para que possa ser documentado e publicado na próxima edição da Gotas.
Quem viver verá.
Nossa, Juliana, que maravilha! Se houvesse um grupo desses em cada bairro, provavelmente não haveria tanta queixa, né?
ResponderExcluirBjos