quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Legumes com alecrim

Quem tem vasinhos de ervas em casa usa bastante o manjericão para perfumar os molhos de tomate mas tem sempre a dúvida: e as outras ervas, como usar?
Na foto acima, uma assadeira está pronta para ir ao forno com um prato delicioso e rapidíssimo de preparar: legumes com alecrim.
Vale usar a criatividade e o que está disponível na geladeira: abóbora, abobrinha italiana, berinjela, cebola, batata, batata doce, alho... inclusive todas essas opções podem ir ao forno com casca mesmo!
Lave bem todos os vegetais, corte-os em rodelas ou pedaços grandes e espalhe tudo sobre uma assadeira untada. Para temperar use um fio de um bom azeite, sal grosso e as folhas frescas do seu alecrim. E só.
Leve ao forno pré-aquecido, em temperatura média por cerca de 40 min-1 hora, e durante esse tempo espete os legumes uma ou outra vez, com a ponta de um garfo ou palito, para conferir a consistência. Se achar necessário, vire as rodelas na metade do tempo de forno.
É uma ótima opção de acompanhamento para carnes, saladas, quiches e também satisfaz super bem quem está a fim de uma refeição simples e leve.
Vai virar receita curinga na sua casa, tenho certeza!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tomates de apartamento

No último final de semana ganhei do irmão e da cunhada um punhado de tomatinhos cereja deliciosos.

A parte interessante é que foram produzidos num vaso na varanda do apartamento.
Se você não tem muito espaço e quer sair um pouco dos manjados vasinhos de ervas, pode aproveitar o restinho da época de seca para produzir tomates.
Durante os meses de muita chuva e calor o tomateiro costuma ser atacado por fungos; as folhas ficam esbranquiçadas, depois amarelam e caem, o que prejudica o desenvolvimento da planta. Por isso corra, ainda dá tempo.
Escolha um local com incidência de pelo menos 4 horas de sol todos os dias e num vaso de no mínimo 25 cm de profundidade coloque algumas sementes de tomate (15-20), que você pode comprar em lojas de jardinagem ou mesmo aproveitar dos tomates da salada do almoço. Neste último caso, lave-as em peneira fina para retirar a polpa e separar bem umas das outras antes de plantar.
Cubra as sementes com uma camada de 0,5 cm de terra bem fininha e regue frequentemente para manter a terra sempre úmida. O tempo de germinação varia de 7 a 20 dias, de acordo com a espécie de tomate escolhida.
Quando as plantinhas estiverem com cerca de 5 cm de altura você deve selecionar as mais fortes e vigorosas e arrancar as menores, deixando espaçamento de pelo menos um palmo entre elas. Dependendo do tamanho do seu vaso você terá então de duas a quatro mudas. Regue de 3 a 4 vezes por semana molhando o menos possível as folhas, para evitar os fungos.
O tomateiro é uma trepadeira, então ao lado de cada planta espete uma vara de madeira ou bambú e vá conduzindo os ramos compridos, amarrando-os com barbante ou araminho conforme forem crescendo.
A partir de 40-60 dias a contar da germinação você começará a ver a produção de pequenas flores amarelas, e de cada uma delas crescerá um tomate.
A hora da colheita, de 30 a 50 dias depois das flores, é fácil identificar: tomates vermelhos e macios estão prontos para ir à mesa.
Aproveite para fazer experiências com diversas variedades e descubra qual se desenvolve melhor na sua casa. Os pequenos, tomates cereja, são sempre muito fáceis e produzem abundantemente.
Boa sorte!

sábado, 25 de setembro de 2010

Saquinho ao vento

Hoje uma amiga me contou que a Ana Maria Braga ensinou a dobradura do saquinho de jornal para lixo no programa Mais Você do dia 8 de setembro último.
Conforme já mencionei em post recente, esse saquinho foi uma das primeiras idéias desta que vos escreve para implementar mudanças de hábitos em casa. Foi também um dos primeiros posts desse blog, em 6 de dezembro do ano passado, como você pode ver aqui.
Um dia, algum leitor do blog copiou as fotos e todo o texto do post, montou um e-mail e começou a divulgar a idéia por aí. Infelizmente não foi levada em consideração a questão de mencionar a fonte da idéia; citar créditos de fotos, texto e criação da novidade.
Esse e-mail tem se espalhado Brasil a fora, conheço muita gente que já recebeu. Algumas pessoas inclusive receberam mais de uma vez, já.
Fico muito feliz com a divulgação, a intenção era mesmo ensinar para o maior número de gente possível para que as sacolinhas de plástico sejam cada vez menos necessárias no dia a dia das casas.
Mas comecei a ficar chateada quando passei a encontrar em blogs variados a divulgação da idéia com as fotos originais, o texto original e o crédito sendo atribuído aos mais variados autores. Infelizmente não há como deter esse e-mail; ele continua sendo repassado pelas pessoas que gostaram da idéia. E infelizmente quem o recebe está perdendo a oportunidade de ser redirecionado ao De Verde Casa para aprender outras novidades e conhecer mais sobre sustentabilidade, ecologia, cidadania, jardinagem, horta caseira, recursos naturais, reciclagem e mais dicas sobre mudanças de hábito, entre outras coisas.
Que bons ventos o levem, então, já que não há o que fazer.
E para assistir a Ana Maria fazendo no programa o saquinho de jornal, que também chegou até ela pelo e-mail sem crédito, clique aqui.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Menos é mais

Para pensar durante o final de semana:

- o Brasil tem o maior rebanho bovino do mundo: são mais de 200 milhões de cabeças de gado. Segundo o IBGE, em agosto de 2009 a população brasileira era de 191,5 milhões de pessoas. Cada um de nós tem mais de um correspondente em boi!
- as grandes áreas desmatadas para criação extensiva de gado implicam em, além da óbvia perda de vegetação e biodiversidade, aumento da velocidade dos ventos e dispersão de poeira no ar.
- pela exposição permanente ao sol e ao vento o solo perde umidade e torna-se árido.
- a compactação do solo pelo pisoteio constante dos animais reduz a infiltração de água e impossibilita o uso eficiente e imediato da terra para produção de alimentos vegetais.
- 16.000 litros de água são contaminados para cada quilo de carne produzida.

Agora tente adivinhar como você poderia ajudar.
Calma, não seja tão radical! Não precisa parar.
Mas que tal diminuir um pouquinho?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

De Verde Casa no Ciclo Vivo - allTV

Hoje às 3 da tarde o De Verde Casa esteve ao vivo e a cores no programa Ciclo Vivo, transmitido pela allTV somente via internet.
Em entrevista de uma hora conversei sobre educação ambiental, sustentabilidade, mudança de hábitos diários e ensinei como fazer a dobradura do tão famoso saquinho de jornal para substituir sacolinhas plásticas na lixeira, que teve fotos e texto copiados deste blog e roda o mundo em e-mails "clandestinos".
Para assistir, clique aqui.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sua adesão é muito importante para nós...

Prepare-se: amanhã, dia 22 de setembro, é o Dia Mundial sem Carro. Atenção:
DIA. Ponha a preguiça de lado, é só um dia!
MUNDIAL. Todo mundo no mundo todo está convidado a fazer a sua parte. Pode virar um movimento incrível, de muita projeção, se todo mundo participar.
SEM CARRO. É isso mesmo, deixe o carro em casa. Pense de que outra maneira você poderia se locomover por aí. Entre nessa, você só precisa de um bom tanto de boa vontade!

Na cidade de São Paulo a SPTrans, que administra os ônibus municipais, vai aumentar em até 22% a circulação de ônibus amanhã. O número pode parecer pequeno, mas é a prefeitura fazendo a parte dela, preparando a cidade para receber o movimento e colocando mais ônibus à sua disposição. Você vai decepcionar?
Se pouca gente aderir, no ano que vem esse número vai ser revisto. Para menos. Por outro lado, se muita gente aderir no ano que vem ele pode aumentar. E não é disso que a cidade precisa?
Se você é uma das pessoas que acha que a solução para o trânsito de São Paulo é a melhoria nos transportes públicos, aproveite amanhã para mostrar que você está disposto a ajudar e faça seu dever de casa.
Não se esqueça: falar é fácil. Fazer é mais difícil mas dá mais resultado!

Dia da árvore


Hoje, 21 de setembro, o Dia da Árvore foi comemorado em São Paulo com spots de amarelo intenso brilhando por toda a cidade. É época de Ipês florescendo, e é impossível que haja quem não tenha notado.
E para ilustrar a convivência maluca do homem com a natureza, neste exemplo representada por mais um Ipê Amarelo, encaminho o link:
Em princípio parece lindo, mas, pensando bem, pode ser classificado como insanidade.
Clique e chegue às suas próprias conclusões.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Literatura reciclável

Uma vez por mês, sempre aos domingos, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo promove uma feira de troca de livros em um dos parques municipais da cidade. Basta levar um livro ou gibi em bom estado e trocar por outro; só são vetados os livros didáticos. É uma excelente iniciativa de promoção da leitura, além de dar um tempo pro seu bolso e incentivar a circulação dos livros que você tem parados em casa e não tem interesse em conservar pra sempre. É uma forma de reuso e reciclagem, certo?
Os livros ficam divididos em três mesas, cada uma com um tema: literatura geral, literatura infantojuvenil e gibis. E as feiras são programadas de forma a intercalar uma em área mais desenvolvida da cidade com outra em área mais carente, assim obras de maior relevância podem ser levadas para onde há público com menos acesso a literatura.
Na última edição da feira, realizada em 15 de agosto, foram feitas 3.109 trocas.
Neste próximo domingo, dia 19, a feira será realizada no Parque do Carmo, e a organização espera superar o número de trocas do último evento.
Aproveite a oportunidade de dar uma renovada na sua biblioteca e reciclar sua leitura. O endereço do parque é avenida Afonso de Sampaio e Souza 951, Itaquera, zona leste.
E para fazer o programa de domingo ficar ainda mais verde vá de metrô. Desça na estação Corinthians-Itaquera e complete o percurso pegando um dos diversos ônibus que passam pela estação e chegam até o parque em cerca de 10 minutos.
As próximas edições da feira promovida pela prefeitura de São Paulo acontecerão em:

- 17 de outubro no Parque Mário Covas. Av. das Nações Unidas 7.123, em Pinheiros
- 28 de novembro no Parque da Luz. Praça da Luz sem número, no Bom Retiro
- 12 de dezembro no Parque Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral sem número, no Ibirapuera

Ah, e se você tem outro compromisso neste domingo não fique chateado. Aproveite amanhã, o último dia da feira itinerante do Senac no campus Santo Amaro. Mais informações sobre os próximos destinos do evento pelo telefone geral de informações do Senac: 0800-883-2000

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vida nova na área

Começam a aparecer aqui no quintal os primeiros anúncios de que a primavera está dobrando a esquina.

Essa belezinha tinha, quando inteiro, 3 centímetros de comprimento. O tamanho de uma azeitona grande. Tente imaginar a figurinha que saiu daí...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Minhocas de estimação

Uma boa opção para apartamentos e casas com pouco espaço disponível é a vermicompostagem. Não se assuste com o “vermi”, na verdade são minhocas.
No minhocário caseiro, minhocas se encarregam de transformar os restos da sua cozinha em húmus, aquele mesmo que você compra em supermercados e lojas de jardinagem.
É tudo muito simples: três caixas plásticas empilháveis, uma tampa, um pouco de terra ou humus só pra começar e um tanto de minhocas, cerca de meio litro. Duas das caixas devem ter furos no fundo, aproximadamente de meio centímetro de diâmetro, que podem ser feitos facilmente com uma furadeira doméstica.
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Fundo das caixas do meio e de cima

E então tudo começa assim:

Caixa de baixo (sem furos no fundo, para armazenar o chorume)
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A caixa de baixo fica sempre vazia. É ela quem vai recolher o líquido gerado durante a compostagem. Esse líquido, também conhecido como chorume, no caso da compostagem de materiais orgânicos é também muito rico em nutrientes, e, assim como o material sólido gerado, pode ser usado para adubas suas plantas. Você pode usá-lo para regá-las ou borrifá-lo nas folhas a cada 15/20 dias. Uma rápida observação sobre chorume: o que é gerado por lixões e aterros sanitários é altamente prejudicial para o meio ambiente por ser resultado de uma mistura descontrolada de materiais orgânicos, inorgânicos e muitas vezes tóxicos.
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Caixa do meio
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Na caixa do meio a mágica começa a acontecer. Quando inaugurar seu minhocário, você deve cobrir o fundo da caixa do meio com um pouco de terra (para as minhocas se sentirem em casa!), colocar as minhocas (no final do post falo mais sobre elas), depois colocar por cima o material orgânico (que aqui chamaremos de material úmido) e misturar a ele duas partes do material seco.
Um detalhe que acelera todo o processo de decomposição: quanto mais picados estiverem os materiais, tanto úmidos quanto secos, mais rápido você vai ter seu húmus pronto.
Assim:
Flores despetaladas, cascas de banana e laranja, talos de verduras e alguns guardanapos usados picados

Folhas secas inteiras

As mesmas folhas secas, agora picadas
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Todos os materiais das fotos acima, úmidos e secos, misturados na caixa do meio

Conforme for gerando lixo úmido em casa você vai abastecendo o minhocário.
O que pode ser colocado nele:

Material úmido: restos de vegetais como talos não utilizados, cascas de frutas e legumes, filtro de café com a borra, saquinhos de chá, sobras de alimentos cozidos ou estragados (arroz, feijão, macarrão...), casca de ovo picada, podas de plantas do jardim, flores estragadas, etc.

Material seco: folhas secas de árvores e plantas, guardanapos de papel usados, papel toalha, jornal, etc.

Como tudo acontece?
O que garante uma boa decomposição, sem gerar cheiro ruim nem atrair insetos, é o correto balanceamento entre o úmido (nitrogênio) e o seco (carbono). Sempre que colocar seu lixo orgânico na caixa do meio você deve respeitar a proporção de uma parte de material úmido para duas de material seco, que pode ser composto só de folhas ou principalmente de folhas com um pouco de diferentes tipos de papel, como os citados acima. O minhocário pode ser abastecido todos os dias, desde que respeitadas essas proporções. Ter uma pá ou um ancinho sempre à mão ajuda na hora de cavar um buraquinho pra depositar o material um dia num canto, outro dia no outro...
No começo você pode ficar um pouco inseguro, cheio de dúvidas e perguntas, mas com o passar dos dias vai perceber que você mesmo consegue responder suas questões. A principal delas é a umidade. O normal e desejável é que o minhocário não produza cheiro ruim. Mesmo. Zero cheiro ruim. Aliás, muito pelo contrário. É muito comum abrir a tampa na hora de abastecer e sentir aquele gostoso cheiro de terra molhada pela chuva. Então se o seu minhocário ameaçar ficar fedido é fácil saber o que está acontecendo: muito material úmido para pouco seco. É o erro mais comum. Então basta acrescentar um pouco de folhas secas para compensar e passar a calcular com mais atenção a proporção uma parte de úmido para duas de seco no dia a dia.

Aparência do material da caixa do meio, ainda em abastecimento. A textura ainda é "grossa" porque a decomposição está apenas começando.

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Mudança de andar
Bem, então um dia você vai ter enchido completamente a caixa do meio. Essa é a hora de passar essa caixa cheia para cima e colocar a que estava em cima, vazia, no meio. Aí então suas minhocas ficam no andar superior trabalhando para produzir o seu húmus enquanto você começa a encher a caixa do meio. Pelos furos do fundo da caixa de cima (lembre-se, a do meio e a de cima tem que ser furadas) o excesso de chorume vai escorrer, deixando seu adubo sequinho, e as minhocas vão se transferir para a caixa do meio conforme forem percebendo que você começou a enchê-la com “comida nova”.
Depois de aproximadamente 50 dias de repouso todo o material da caixa de cima vai estar transformado em húmus e você poderá usá-lo nos seus vasos, no jardim, na horta...
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Aparência do materia da caixa de cima depois de 50 dias de repouso. Tudo já foi decomposto e a textura é bem mais fina que no início do processo.
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Algumas minhocas ainda vão estar por aí, o que é ótimo para as plantas, mas a maioria delas já vai ter se mudado para a caixa do meio nesse período. E se por acaso nesse momento você não tiver uso para o húmus disponível, você pode dá-lo de presente para os amigos, em saquinho caprichado com laço e etiqueta contando como você produziu aquilo, claro! Quando sua caixa do meio estiver novamente cheia será hora de passá-la pra cima, e a de cima vazia para o meio, e tudo começa outra vez.
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Caixa de cima cheia, pronta para iniciar os 50 dias de repouso.

Conjunto das 3 caixas com a tampa superior

O que não pode colocar:
- carne de qualquer espécie. Não é o alimento preferido das minhocas, tem decomposição lenta e pode atrair moscas
- excesso de frutas cítricas. O sumo é ácido e atrapalha um pouco o processo. Uma dica é deixar cascas de frutas como limão, laranja e abacaxi secarem por alguns dias antes de irem para o minhocário
- papel higiênico usado. Apesar do tema também ser DEJETOS, não misturemos os capítulos! Papel higiênico, aliás, pode ser jogado direto na privada mesmo. Vide post aqui.

Medos:
- as minhocas certamente tem mais medo de você do que você delas. Elas não avançam, não mordem nem correm atrás de ninguém, portanto se você está com receio, tome coragem e encare. Com o tempo passa a ser a coisa mais natural do mundo, acredite. Eu também já tive um pezinho atrás. Além do quê, você não vai ficar pegando em minhocas todos os dia e elas não fogem do minhocário para passear pela sua casa. Aliás, muitas vezes você mal as vê, porque quando levanta a caixa de cima para abastecer a do meio as minhocas que estão na superfície logo se escondem. Elas são fotofóbicas, não gostam de luz, então se enterram rapidinho.
- o minhocário em equilíbrio (e isso é fácil conseguir) não atrai ratos, baratas, formigas nem moscas. Também não tem cheiro ruim NENHUM, acredite.

Detalhes:
- se precisar viajar, não se preocupe, você não precisará de uma vermi-sitter! As minhocas podem ficar até três meses sem receber comida. Diminuem sua atividade e ficam dentro do minhocário numa boa até você retomar a rotina.
- com o minhocário em funcionamento as minhocas se reproduzem quando percebem que há muita oferta de comida para poucos indivíduos. É comum encontrar pequenas bolinhas amareladas misturadas ao composto. São os ovos. E quando percebem que a população está grande demais para pouca comida e espaço, a reprodução é interrompida. Inteligente, não?

Características e dimensões:
- para uma casa que produz aproximadamente meio litro de lixo úmido por dia (produção de duas pessoas, em média), um sistema de caixas de 30 X 40 X 15 cm de altura é o suficiente.
- para uma casa de três a cinco pessoas, que produzam um litro de resíduo orgânico por dia, as caixas devem ter aproximadamente 45 X 60 X 30 cm de altura.
- as caixas podem ser de plástico ou madeira, o que você achar mais conveniente. As minhas são de plástico reciclado, e normalmente esse material é produzido na cor marrom.
- é importante que a caixa de cima tenha uma tampa, para evitar que insetos depositem ovos no composto.
- alguns minhocários tem uma torneirinha na caixa de baixo para a coleta do chorume. Eu não acho necessário, simplesmente tiro as duas de cima e viro a caixa de baixo fazendo o líquido escorrer pela quina.

Sobre as minhocas:
- As minhocas mais adequadas para um minhocário em caixas são as dos tipos Vermelha da Califórnia e Gigante Africana. As explicações que encontrei são que são mais rápidas na decomposição do material e se adaptam bem a esse sistema estanque. Nunca experimentei outro tipo, mas talvez você possa tentar... As minhas, as Vermelhas da Califórnia, eu encontrei pela internet em produtor que fornece para pesqueiros. Encomendei pelo telefone e retirei numa loja de plantas em São Paulo.

Sobre comprar pronto:
Se tudo isso te parecer de difícil realização você pode pesquisar na internet empresas que vendem minhocários prontos. Minha sugestão é a Minhocasa, empresa sediada em Brasília-DF, com representante em São Paulo e vendas pelos Correios para todo o Brasil.
Animou-se? Então comece logo a fazer o seu dever de casa!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lixo orgânico - o lixo que não é

Há alguns anos, quando a possibilidade de reciclar materiais entrou em pauta no nosso cotidiano, começamos a descobrir que o que pensávamos ser lixo era matéria prima de grande valor para a indústria e poderia voltar ao mercado em forma de novos produtos. E com duas grandes vantagens: reduzindo o uso de matéria prima nova e deixando de ocupar espaço em aterros sanitários, que já são um problema grave, principalmente nos grandes centros urbanos.
Quem já fez da separação de materiais para reciclagem parte do seu dia a dia percebeu que o volume de lixo diminuiu bastante, mas muita coisa ainda é jogada fora. Por "muita coisa" entenda-se: mais da metade do lixo produzido na sua casa.
E é com esse volume de dejetos que ainda é coletado pelo lixeiro "comum" que podemos aprender mais uma vez que tudo pode se transformar e dar início a um novo ciclo.

Compostagem
Fazer a compostagem dos dejetos orgânicos significa possibilitar que eles se decomponham e disponibilizem as substâncias e nutrientes de que são feitos, e desta forma transformamos o que "não servia mais" em adubo natural da melhor qualidade. Para as suas próprias plantas, por exemplo.
Por dejetos orgânicos entende-se tudo o que apodrece, que é "natural" ou que de certa forma já foi de "natureza viva". Não confunda o termo orgânico nesse caso com o que é cultivado sem agrotóxicos, fertilizantes ou defensivos químicos, não naturais.
A diferença entre uma composteira e um aterro sanitário é que na composteira a decomposição acontece de maneira controlada, enquanto no aterro sanitário tudo fica acumulado aleatoriamente (materiais de diferentes tipos, orgânicos e inorgânicos), enterrado em montanhas gigantes e sujeito a ações químicas e físicas circunstanciais, imprevistas e descontroladas.
Existem algumas técnicas de compostagem doméstica, e dependendo das características da sua casa e do seu dia a dia um tipo vai se adequar melhor do que outro, é preciso conhecer algumas possibilidades.
Se você está disposto a fazer o seu dever de casa e reduzir seu impacto ambiental também no quesito DEJETOS, acompanhe neste blog, de amanhã em diante, o que é possível fazer no espaço que você tem disponível, seja um cantinho da área de serviço ou uma parte do gramado do quintal, e mãos à obra!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O canal da biodiversidade

Conheci a jornalista Liana John assistindo a uma palestra em São Paulo há cerca de dois meses. Ouvi-la falar é tão interessante quanto ler seus textos. Ela é jornalista ambiental e escreve nos principais jornais e revistas do país sobre recursos naturais, ciência, conservação, mudanças climáticas e diversos outros assuntos ligados a ecologia.
Desde julho ela publica também o blog Biodiversa, onde escreve sobre biodiversidade e sobre como todos nós estamos dependentes dela de alguma forma, seja comprando, fazendo opções de alimentos, desenvolvendo tecnologias e em outras tantas vivências do dia-a-dia.
Acesse e descubra que cascas de camarão podem ajudar a limpar vazamentos de petróleo, que o óleo de buriti, palmeira nativa brasileira, pode substituir o óxido de titânio em lâmpadas LED e que uma árvore da Mata Atlântica chamada Cabeludinha pode ser a base para um analgésico de 15 a 20 vezes mais potentes do que o comprimido que você toma para a sua dor de cabeça.
O blog ainda é novo, então durante o final de semana você consegue botar em dia a leitura dos posts desde o início. Depois, é só acompanhar as novidades. Não perca!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cinco meses depois...

No dia 10 de março entrei em contato com a prefeitura de São Paulo para pedir a retirada dos protetores de algumas árvores da minha rua. Aqueles que fazem a proteção das mudas recém plantadas, mas que se não são removidos quando a árvore chega a um certo porte começam atrapalhar seu crescimento e comprometer sua estabilidade. Era o que acontecia aqui; já deveriam ter sido retirados há anos!
Me foi dado o prazo máximo de 40 dias para a execução do serviço.
Nesta semana, cinco meses e meio depois de protocolado o pedido, as árvores foram finalmente libertadas.
Infelizmente alguns troncos estão muito machucados, além de terem crescido de maneira irregular na tentativa de escapar das "gaiolas", mas... antes tarde do que nunca.
O ideal agora seria que a prefeitura ou o proprietário do imóvel em frente de cada árvore abrisse um bom metro quadrado de espaço em volta do tronco para expor a terra e permitir que a água da chuva penetre até as raízes; só assim a árvore vai continuar seu desenvolvimento de forma saudável.
Plantar nesse local algum tipo de planta rasteira decorativa também ajudaria a arrematar o serviço.
Se cada um cuidar da calçada e da vegetação em frente à sua casa e local de trabalho sem dúvida a cidade ficará mais arrumada. E em tempo recorde.
Clique aqui para ver as fotos das árvores ainda com os protetores.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vinagre: 1001 utilidades - parte 1

Quem anda pesquisando substitutos "naturais" para produtos de limpeza industrializados já deve ter percebido que o vinagre está em boa parte das fórmulas.
Aí vai uma sugestão muito simples de uso do vinagre puro:

Substitua o amaciante de roupas por vinagre branco. Dependendo do tamanho da sua máquina de lavar, coloque de meia a uma xícara de vinagre na água da última fase de enxágue ou diretamente no compartimento destinado ao amaciante, se sua máquina é das modernas. Além de amaciar as fibras das roupas você também garante a boa fixação das cores fortes.
Se você, assim como eu, não gosta nem de passar perto de vinagres e outros cheiros ácidos, opte pelo vinagre de álcool. Além de ser realmente incolor é a melhor opção no quesito aroma.
E ao contrário do que você possa estar imaginando, sua roupa não corre o risco de ficar com cheiro de pepino em conserva.