quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Vermelho, cabeludo, com topete e rabinho!

Quando eu digo que o quintal fica muito mais interessante quando a gente para de usar veneno, é por isso, ó:

Não consegui chegar à conclusão se ele está indo ou vindo, mas escolhi acreditar que aquilo ali à direita é um rabinho empinado.
Claro que eu não cutuquei, e ele, discreto que é, ficou bem quietinho fazendo cara de paisagem.
Mas, apesar da diferença de tamanho, deve ser parente do Foguinho, que mostrei aqui há uns três meses. Aquele era micro. Esse, do tamanho de uma azeitona. Ruiva.

E para mais bichos interessantes, clique aqui, aqui e aqui.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Quatro dias de evento no parque Ibirapuera

Se você mora em São Paulo e vai passar o feriado prolongado na cidade, já tem programação verde para os quatro dias.
É o Planeta no Parque, evento promovido pelo site Planeta Sustentável para mostrar como a sustentabilidade pode ser praticada no nosso dia a dia de um jeito muito natural.
A programação é grande, para adultos e crianças, e inclui show da banda Pato Fu, oficinas de compostagem, reciclagem criativa, como produzir e cuidar de mudas e o lançamento da rádio web Planeta Sustentável, que entrará no ar durante o evento e terá estúdio montado no local.
Para ver tudo o que vai acontecer por lá, clique aqui.

Vício

Como se já não bastassem todos os tomateiros que os passarinhos plantaram pra mim no início deste verão, meu vício por tomates continua falando alto.
É que não deu pra resistir.
Fui ao supermercado e me deparei com uma caixinha de tomates orgânicos da variedade Sweet Grape, que em português quer dizer uva doce. E eles são assim mesmo, o nome não mente.
Abri uns 10 deles, tirei as sementes e aproveitei a própria embalagem para semear.
Tomate não tem frescura pra germinar, então espalhei bem mais ou menos as sementes sobre a terra e com um palito fui revolvendo um pouco a superfície para que ficassem cobertas.
Foram só três dias borrifando água pela manhã e logo já começaram a aparecer pontinhas brancas, que rápido esticaram e soltaram folhas.
Semeei na segunda-feira, hoje é sexta e veja como estão!
Como a caixinha plástica é muito rasa, logo terei que transplantá-los para recipientes com mais profundidade ou mesmo algum cantinhho de terra no chão, que pra falar a verdade já não são muitos.
Acaba de me ocorrer uma ideia: transplantar algumas mudinhas para os canteiros ao longo da calçada aqui na rua. Tá certo que os cachorros vão usar como banheiro, o vizinho mal educado capaz que coloque o lixo em cima... mas vou tentar. Se vingarem e frutificarem, vão agradar no mínimo aos passarinhos, novamente.
E você, que tal dar um pulo ao supermercado, escolher uma bandejinha que te apeteça e começar hoje mesmo a brincadeira? É uma ótima atividade para envolver as crianças, ensinar sobre horta, alimentos, cuidados com as plantas...
E aposto que, semeando ainda hoje, até quarta-feira que vem a meninada já tem mudinhas para curtir!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Do box para a pia da cozinha

Se você anda pensando no que mais pode fazer para diminuir o impacto ambiental sua casa, eis uma sugestão.
Não é ideia minha nem grande sacada de ninguém, é simplesmente um retorno aos hábitos de antigamente, afinal houve um tempo em que não existiam buchas industrializadas.
Por aqui ando em fase de adaptação.
É de fato diferente e no começo a gente estranha, mas nada a que não se acostume.
Por ser um pouco mais dura do que a versão industrializada, a bucha vegetal não se molda tão bem à mão além de produzir um pouco menos de espuma, então você pode ter a sensação de que não está limpando bem seus pratos. Mas lembre-se que você já ouviu falar em algum lugar que não é a espuma que limpa; é puro efeito psicológico, por isso ela faz papel de protagonista em comercial de detergente.
E com um certo tempo de uso, quando a bucha já está amolecida depois tanta louça e você adaptado depois tanta boa vontade, tudo passa a ser normal!
Experimente. Não perca a oportunidade de mudar mais um hábito e jogar uma coisa a menos no seu lixo não reciclável.

Debate na Fundação SOS Mata Atlântica. Hoje!

Eu e mais dois convidados falando sobre experiências e atitudes de respeito ao meio ambiente.
É ao vivo, às cinco da tarde no site Conexão Mata Atlântica.
Entre com alguns minutos de antecedência, faça seu cadastro e no horário da entrevista clique na opção AO VIVO para assistir e mandar perguntas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Empresa cara-de-pau

Este aí acima é um frasco de comprimidos quase no final, certo?
Errado. Ainda não foi nem aberto.
E a trouxa que caiu no golpe da empresa cara-de-pau fui eu mesma.
Iscra, minha gata mais velhinha, precisa tomar comprimidos de complexo B. Fui à farmácia e logo no começo da pesquisa de marcas eu já estava assustadíssima com os preços.
Mas paciência, precisa tomar então pronto.
Entre todas as opções, este era o frasco maior de todos e o único com 100 comprimidos.
Como não conhecia nenhuma das marcas disponíveis, comparei quantidades e valores e optei pelo maior mesmo, que oferecia mais comprimidos pelo menor preço, proporcionalmente falando.
Chegando em casa, abri a caixinha de papel e percebi que caí feito pata no velho golpe da embalagem grande que chama mais atenção na prateleira, faz parecer que o produto é maior e por isso vale quanto custa.
Tá certo que eu tive o cuidado de comparar quantidades e preços, mas a intenção da empresa ao optar por uma embalagem deste tamanho é ganhar o distraído que acha que "esse custa mais caro mas é maior".
Ou não???
Será que eles se enganaram???
Dá raiva, porque 3/4 do frasco estão embalando atmosfera, é um desperdício de plástico e eu ainda paguei por isso! Sem falar na caixa de papel que vinha escondendo o frascão quase vazio.
A empresa que fabricou e embalou os comprimidos fica nos EUA, país que tem um código de defesa do consumidos famoso por não permitir esse tipo de "enrolation". E a que importa e distribui a marca no Brasil também não parece estar muito preocupada com isso, já que os representa por aqui.
E na hora de colocar a palavra Naturals no rótulo, será que também foi com a intenção de chamar a atenção porque "pega bem", porque as pessoas atualmente estão preocupadas em se cuidar de maneira mais natural, etc?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Radio Paisagem

É simplesmente o máximo, uma ideia genial!
Um site com os sons dos pássaros característicos dos biomas brasileiros. Mas não cada canto individualmente, e sim uma combinação de cantos e outros sons da floresta, pra você se sentir dentro dela.
Você acessa o site, escolhe uma região do Brasil (Amazônia, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica ou Pampa) e deixa tocando ao fundo, no seu computador, enquanto trabalha, lê, cozinha, relaxa...
Há também, dentro de uma mesma região, a opção de escolher entre diversos arquivos de som montados pelos colaboradores do site. São as Paisagens sonoras. Cada uma editada de maneira a criar uma viagem, uma curtição.
E enquanto você escuta, vão aparecendo na tela os nomes das espécies que estão cantando naquele momento.
É demais mesmo! Não vá fazer outra coisa antes de clicar aqui e ouvir um pouco da paisagem da Caatinga, minha escolhida para esta tarde. Depois passe o mouse pelo mapa e curta outras regiões.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tá tudo dominado!

Era uma vez, na horta, um pé de tomatinhos cereja.
Carregado de bolinhas vermelhas, foi atacado por passarinhos famintos que espalharam restos de frutos e sementes pra todo lado.

Pronto, o serviço estava feito.
Foi o suficiente para fazer brotar um novo tomateiro em todo e qualquer cantinho de terra subutilizado no meu quintal.
Com toda a água que tem caído por aqui, as sementes germinam sem parar e a safra deste ano não para de aumentar.




Agora calcule: se um pé de tomates assaltado no ano passado se multiplicou em 8, 9, 10 neste ano, pro ano que vem só falta desenvolver a embalagem e a etiqueta, dizendo TOMATINHOS CEREJA: deliciosos, orgânicos, plantados por passarinhos.
Vou faturar uma bolada!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Assista!

Na quinta-feira que vem, dia 20 de janeiro, esta que vos escreve participará de debate transmitido ao vivo pelo site da Conexão Mata Atlântica, programa virtual da Fundação SOS Mata Atlântica.
Clique aqui para saber mais detalhes e anote na sua agenda: é às 5 da tarde.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Louça ecológica

Foto: Neide Rigo

Ando viciada no Come-se, da Neide Rigo, blog IMPERDÍVEL pra quem curte cozinha.
Das receitas tradicionais às mais experimentais, lá tem de tudo. Pra ficar ainda mais gostoso, as fotos são ótimas e o texto é sempre temperado com boas sacadas e humor super inteligente.
E se não bastasse isso, às vezes ela ainda aparece com ideias incríveis como essa da foto, dos pratos ecológicos.
Pra te deixar com vontade de saber mais, conto só que são pratos descartáveis (mas reutilizáveis) feitos com bainhas de folhas de palmeiras. O resto não vou nem explicar, porque ninguém melhor do que ela pra contar tudo com fotos e descrição detalhada do passo a passo.
Visite o Come-se e me diga se os seus pratinhos descartáveis de plástico não estão encolhidos de vergonha no fundo do armário!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Fácil e simpática

Esse é o arbusto fácil e simpático que você procurava pra um vaso no quintal ou na varanda.
A Lanterninha chinesa ou Sininho (Abutilon striatum) aceita ficar no sol o dia inteiro mas também se vira bem com poucas horas de luz direta ou mesmo sombra clara. Ou seja, não importa onde você mora, ela tem grandes chances de se adaptar.
Prefere a terra mais pra úmida, e quando você acertar a mão nas regas ela corresponde com lindas flores tipo sininho que atraem beija-flores e cambacicas, aqueles pequenininhos que não conseguem parar no ar então se penduram nos bebedores de água com açúcar.
A planta é parente da Lanterninha japonesa, talvez você já tenha notado a semelhança, mas há uma diferença importante: esta, a chinesa, tem flores maiores, mais gordinhas, e cresce na vertical, com tronquinho grosso formando um arbusto, enquanto a japonesa tem flores menores e seus longos ramos são finos e não sustentam o próprio peso, o que faz a planta ser pendente ou própria para ser conduzida por uma treliça.
Esta espécie se adapta às condições climáticas de todo o pais, inclusive nas regiões onde o frio pega mais pesado, e floresce em grande parte do ano caprichando durante a primavera e o verão.
Se você gosta de plantas, flores e passarinhos, experimente!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Folgada e egoísta

Na hora de planejar sua horta caseira, reserve uma terrinha isolada só para a hortelã. E quando eu digo isolada, é isolada mesmo! De preferência um vaso.
Por que tudo isso?
Porque a hortelã é espaçosa e não tá nem aí com a vizinhança: suas raízes formam um emaranhado que compete vigorosamente com as plantas vizinhas. Além disso, seus longos ramos horizontais, quando encostam na superfície da terra, facilmente emitem raízes e dão origem a novas mudas, o que faz com que a touceira cresça rapidamente.
Por outro lado, toda essa energia faz com que a erva seja de muito fácil cultivo. Fica feliz com três horinhas de sol por dia, não reclama se você errar um pouco a mão na água (pra mais ou pra menos) e, pra ajudar, brota ainda mais animada quando é podada para ser usada na sua cozinha.
A maneira mais rápida e prática é nas bebidas.
Em sucos, bata algumas folhas junto com as frutas no liquidificador. Combina com melancia, maracujá, abacaxi, limão...
E para um chá digestivo, coloque de 6 a 10 folhas numa xícara de tamanho médio e acrescente água fervente. Tampe com um pires e espere alguns minutos antes de beber.
Cai super bem ainda quente ou mesmo gelado, em versão muito refrescante.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Vivendo e aprendendo...

Devo confessar que nenhuma das cabeças aqui de casa tinha pensado nisso. Devia ser óbvio, já que é tão natural amassar latinhas de alumínio, por exemplo, mas foi preciso ver a sobrinha massacrar com destreza uma garrafa PET pra fazer cair a ficha.
E ainda tive que ouvir "ah, tia, não acredito que você não amassa as garrafas antes de jogar no reciclável!".
Pois é, eu nunca tinha tido essa boa ideia. Meu saco de lixo reciclável era grande, gooordo, principalmente depois de visitinhas e festas de fim de ano.
Mas agora eu aprendi. Dou uma enxaguada pra tirar o resto do refrigerante, escorro bem, ponho a garrafa no chão, piso nela deitada pra começar o esmagamento e aí é só ir enrolando a dita cuja do fundo em direção ao gargalo. Depois de bem amassadinha, é importante voltar a tampa pra não deixar o ar entrar, senão a danada desenrola outra vez.
Obrigada, sobrinha!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aí vem elas!

No início de novembro encontrei perto de casa um pé de Cereja do Rio Grande (Eugenia involucrata), árvore que procurava há tempos em São Paulo (leia aqui). Coletei alguns frutos caídos na calçada e, animada para propagar a espécie, montei uma sementeira (aqui).
E aí estão os primeiros rebentos!
Cerca de 35 dias depois da semeadura comecei a ver as primeiras pontinhas verdes saírem da terra. Hoje, passados 15 dias das primeiras filhotas, ainda aparecem novos brotos.
Note que, por acaso, criou-se uma linha diagonal na bandeja. Na metade de cima as mais adiantadas, já crescidinhas, e na metade de baixo pequenas pontinhas verdes aparecem.
Daqui a pouco já será hora de transplantar as mais velhinhas para casas novas.
Daí fotografo e mostro.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Turismo em casa

Numa rua movimentada, entre uma empresa e um convento, em frente a prédios e casas e próxima a duas faculdades, restaurantes e lojas dos mais variados tipos...

... uma plantação de milho protegida por um portão trancado a corrente e cadeado.
É o tipo de coisa que a gente só enxerga quando passeia a pé pelo bairro, vagando, sem hora pra chegar nem itinerário definido, se entregando ao convite de cada esquina e se deixando surpreender pelo inusitado, que passa despercebido quando nem olhamos para os lados por achar que não há nada diferente pra ver.
Aproveite o sossego dos primeiros dias do ano e saia para caminhar com olhos de férias.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A árvore-jiboia


É bonito de se ver, mas que vai terminar mal pra alguém,
isso vai!
Não é à toa que a "enroladinha" aí das fotos tem o nome de Ficus dendrocida (em grego dendron significa árvore e cida vem do latim caedere, que quer dizer matar).
A Figueira Mata-Pau, como é popularmente conhecida, mata mesmo e não quer nem saber!
Espécie nativa da região amazônica, costuma crescer inicialmente sobre outra árvore e no final de aproximadamente 20 anos conclui o estrangulamento da hospedeira e se torna independente.
Assim como muitas orquídeas, a Figueira Mata-Pau é uma espécie epífita - usa outro vegetal apenas como suporte, sem tirar dele seu alimento. A pequena diferença é que você nunca vai ouvir falar de uma orquídea com tanta força!
A condenada, nesse caso, é uma palmeira Rabo de Peixe (Cariota urens).
Paciência, é a vida...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Horta em vasos - dia 36

Pra todos aqueles que me perguntaram "mas dá mesmo pra plantar hortaliças em vasos?", aí estão elas.
Trinta e seis dias de sol e água, e agora só falta a coragem pra começar a comer essa boniteza!
Veja em detalhes:

Alface roxa crespa

Alface romana

Alface crespa

E a rúcula, que de tão satisfeita já deu flor...

... e tem estado enfeitada de joaninha.

Se você quer rever como isso começou, clique aqui.
E não fique aí passando vontade. Aproveite o clima de ano novo vida nova e adquira um novo hábito: divirta-se plantando sua comida!