sábado, 30 de julho de 2011

Espetáculo

Pelos próximos dois meses estará em cartaz, nas ruas e parques das cidades brasileiras, o espetáculo dos ipês amarelos (Tabebuia sp.).
Bastante conhecido pela excelente qualidade de sua madeira, o ipê é uma árvore decídua ou caducifólia, ou seja, espécie que perde todas as folhas em certa época do ano.
No caso do ipê, isso acontece no início do inverno.
Mas depois de algumas semanas pelado, com aparência de árvore morta, eis que um dia ele tira seu fôlego no momento em que você dobra uma esquina e, desavisadamente, se depara com um show de flores amarelas.
Há que se ter coração forte.
Passeie pela sua cidade curtindo esse presente e prepare-se, porque quando ele estiver acabando, virá em seguida a floração de um parente muito próximo: o ipê branco.
Assim são os ipês: florescem um de cada vez - primeiro o rosa, depois o amarelo e por último o branco - para que, entre uma cor e outra, você tenha tempo de se recuperar da emoção.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Esta verde casa na revista AnaMaria!

A revista AnaMaria desta semana indicou o De Verde Casa como um dos 7 sites que facilitam sua rotina doméstica.
Clique na imagem para ampliar e ler todas as indicações.
E daqui vão nossos mais sinceros agradecimentos. Muito obrigada!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Socorro!

Estou tendo um surto eco-consumista!
Conheci um site que é a materialização de todos os meus sonhos mais impossíveis!
Até meia hora atrás eu achava que só conseguiria ter plantas diferentes viajando ao exterior e voltando com a mala clandestinamente cheia de sementes de espécies interessantes, mas não!
Veja:













































Abóboras brancas, um modelito de tomate cheio de gomos, milho colorido, vagem cor de rosa, feijão pintadinho de baleia orca...
Vai faltar quintal!

Você tem um espaçinho disponível aí?
Quer brincar de novidade?
Então conheça o site Tabutins, de sementes agroecológicas, e tente ser mais comedido do que eu, que já tenho um carrinho de compras com 22 itens e uma conta astronômica, mas não consigo escolher um só item para cancelar!

PS: todas as fotos deste post são de propriedade do site Tabutins.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

É preciso acreditar!

Se você estava acostumada com "um copo americano para uma máquina cheia" e anda tendo dificuldade em acreditar que "uma tampinha basta", então somos duas.
Tenho dado prioridade a sabão concentrado para lavar roupas, baseada no fato de que "rende o mesmo que dois quilos de sabão em pó" e tem volume menor, embalagem menor e consequentemente ocupa menos espaço no transporte da fábrica ao supermercado, então economiza combustível, mas ando brigando comigo mesma na hora de adicionar o sabão à máquina, já que me toma uma vontade irresistível de colocar só mais um pouquinho.

É que para quem usava um copo cheio de pó, colocar só uma tampinha de líquido parece pouco, muito pouco.
Mas é preciso acreditar, cara amiga dona de casa! Liberte-se dos seus antigos hábitos e acostume-se a uma nova medida. Você vai conseguir (e eu também)!
Coloque-se no lugar da sua avó, que lavava roupa no tanque, esfregando cada peça com uma barra de sabão feito de banha, até que um dia falaram pra ela que um copo americano daquele pó azulado faria o mesmo serviço dentro de uma máquina que funcionava sozinha.
Que cara você acha que ela fez?

Pois bem vinda aos tempos modernos! Finalmente a indústria deixou de vender volume de sabão e passou a caprichar no princípio ativo, então faça a sua parte e acredite.
Aproveite também para trocar o detergente de louças e a cera para o piso, que antes vinham cheios de água, pelas novas opções mais concentradas. Já está tudo disponível no mercado, falta só o consumidor prestigiar.

E só pra não dizer que melhorou muito, ainda acho que as embalagens poderiam ser menos caprichadas. Isso mesmo: embalagens piores. A do sabão de roupas da foto acima, por exemplo, pesa vazia quase o mesmo que o produto que saiu lá de dentro. Se houvesse refil, esse mesmo frasco passaria de mão em mão pelas próximas 3 gerações da minha família, tamanha a qualidade e espessura do material.
Para usá-lo apenas por um mês e depois encaminhá-lo para a reciclagem, eu ficaria mais feliz se ele fosse mais fino, mais mole, mais leve...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Para que isso?

Na contramão das tendências, as agências de marketing e publicidade resolveram que é tempo de empacotar toda e qualquer correspondência em saquinhos plásticos. Resultado: junto com cada mala direta que eu não pedi para receber, vai para o lixo também uma embalagem que é a mais pura representação do desperdício.
E antes que alguém justifique o envólucro dizendo que é para proteger a correspondência da chuva, gostaria de dizer que minha caixa de correio é fechada e que estamos no inverno, época em que chove em São Paulo uma vez a cada 20 dias, se tanto.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mini ecossistema

Cresci assistindo a mamma cuidar de um terrarium.
Era uma garrafona de uns 30 litros, como essas de hoje, de plástico, que se compra com água mineral. Só que era de vidro e um pouco maior que as atuais. Ou eu é que era bem menor.
Pelo gargalo estreitinho ela enfiava dois palitos bem compridos - uns hashis gigantes - e com eles executava os projetos paisagísticos lá dentro, acredite. Podava, plantava, desplantava, movia pedras de lugar...

No fim de semana passado fui ao cinema e, enquanto esperava na fila, vi pedras bonitas cobrindo a terra de um vaso.
Fui tomada por uma vontade incontrolável de tê-las e, apesar de (ainda) não saber bem para que, tomei coragem e sorrateiramente afanei algumas.
Sabe como são as vontades incontroláveis...
Minha cabeça ficou trabalhando em stand by com aquelas pedras e, ao me deparar com um vidro vazio de biscoitos, já de volta em casa, fez-se a luz: um TERRARIUM!

No quintal, pesquisando pequenas plantas que coubessem no vidro, me vi descobrindo coisas que nunca tinha visto que cresciam aqui. A ideia de improvisar e aproveitar o que nasceu espontaneamente me levou a descobrir espécies de trevo nas quais eu jamais tinha reparado, matinhos discretos com mini flores delicadíssimas, musgos de diferentes tons de verde...

Aí foi só planejar rapidamente a posição de cada elemento e, na última hora, desplantar cuidadosamente as plantas escolhidas preservando suas raízes.

No fundo do vidro vai uma camada de pedras pequenas, para drenar o excesso de água da rega. Sobre ela, uma camada de terra fazendo altos e baixos, para dar mais graça quando se olha pela lateral do vidro.
E então é só plantar, com a ajuda de um palito, colher ou pazinha pequena.

A plantar maior não tenho ideia do que seja. A folhagem menor é poejo (Mentha pulegium), erva aromática da família da hortelã. E para cobrir a superfície da terra, musgo retirado com espátula de uma área úmida de cimento no quintal. É o entorno da tigela de água dos cachorros, sempre molhado e coberto de verde.
Por cima de tudo, as pedras do cinema.
Logo depois de tudo montado, é importante já fazer a primeira rega, para eliminar possíveis bolhas de ar na terra, assentar todos os elementos no seu lugar e reidratar as plantas. Use sempre um borrifador, para controlar mais precisamente a quantidade de água e não correr o risco de tirar algo do lugar com o fluxo forte de um regador.
E aí está! Um mini ecossistema para enfeitar a mesa de trabalho.

Na hora de fazer o seu, improvise com o que já tem e use a criatividade. Recolha plantinhas do chão, matinhos de canteiros e rachaduras de muros.
Para enfeitar, pedras, pequenos galhos retorcidos, pedaçinhos de madeira, folhas secas...

O vidro pode ficar sempre aberto ou então fechado com tampa, o que conserva mais a umidade. Neste caso, pouquíssimas regas são necessárias, já que a água que evapora do solo e das folhas se condensa nas paredes do vidro e volta para a terra. É como um "mini mundo": evapora e chove, evapora e chove, evapora e chove...

Quanto à luminosidade, escolha um lugar que receba algumas horas de luz média todos os dias. Nem sol demais nem sombra escura.
Cuidado para não expor seu terrário ao sol forte, principalmente se ele estiver tampado. Lembre-se que o vidro fechado funciona como uma estufa, e suas plantas podem cozinhar se receberem luz intensa em excesso.

E aí, convencido da simplicidade da coisa? Então experimente fazer o seu! Você vai passar meia hora montando e muitas outras hipnotizado, olhando, olhando...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Colhendo corações

É ou não é um ótimo presságio os tomatinhos cereja do quintal começarem a nascer, de uma hora pra outra, em forma de coração?


terça-feira, 12 de julho de 2011

Paisagista sem noção

Dê uma olhada nessa árvore. Preste atenção ao seu porte e ao tamanho de sua copa.

É uma Paineira (Chorisia speciosa), árvore nativa que atinge 30 metros de altura e 1,5 de diâmetro do tronco quando adulta. Certamente são essas as medidas deste exemplar; veja a base do tronco mais de perto:

Ela está plantada no centro de uma praça, que diga-se de passagem é o lugar mais apropriado para uma árvore deste porte. A copa ultrapassa os limites da calçada que cerca a praça, somando certamente mais de 20 metros de diâmetro.
Cercada de grama, suas raízes tem espaço suficiente para se desenvolver sem levantar cimento, asfalto, nem prejudicar sua própria estabilidade.
Mas eis que, em frente à praça, um novo prédio foi erguido e o paisagista responsável pelo projeto teve a ideia de presentear os moradores do lugar com um problema silencioso, que só vai se mostrar dentro de alguns anos.
Repare na árvore plantada na calçada:

É uma Paineira (Chorisia speciosa), árvore nativa que atinge 30 metros de altura e 1,5 de diâmetro do tronco quando adulta!!!
Uma foto mais de pertinho, pra você visualizar a encrenca:

Pode-se dizer que está tudo errado.
O micro-canteiro onde a muda está plantada, um quadradinho de 50 cm, vai ser totalmente ocupado pelo tronco em poucos anos. E a calçada, com menos de 2 metros de largura, tão caprichosamente construída, vai começar a ser levantada logo em seguida. Sem falar dos galhos, que dentro de algum tempo começarão a invadir as varandas dos andares mais baixos.
E então o assunto na reunião de condomínio será: o rateio de verba para remoção da árvore.
O ideal, na minha modesta opinião, seria chamar o paisagista e fazê-lo convencer os condôminos de que o correto é remover o prédio e deixar em paz a árvore escolhida e plantada por ele, mas...

Brincadeiras a parte, na hora de escolher uma árvore é importantíssimo analisar as características do local de plantio e o espaço disponível, para saber se são adequados ao tamanho da árvore ADULTA. Consultar um profissional (competente!) ou pelo menos fazer uma boa pesquisa a respeito das espécies indicadas para arborização urbana também é fundamental, para que depois a árvore - e também a população - não sofra as consequências de um plantio irresponsável como esse.
E olha que, neste caso, a dica da burrada está a poucos metros de onde ela foi feita!

Agora vote: você acha que, daqui a 15 anos, removerão a árvore ou o prédio?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tudo tem seu tempo

Todo esse frio em São Paulo e tem gente que ainda vai a Campos do Jordão em busca de temperaturas mais baixas.
Ou mais longe: São Joaquim, em Santa Catarina, onde às vezes neva!
Enquanto uns se divertem, outros sofrem nos meses de inverno e amaldiçoam, dia após dia, a estação gelada.
Pois saiba que o mesmo acontece com as plantas e seus frutos. Umas gostam de produzir no calor, outras preferem dias mais frios.
Durante o inverno, a melancia está com cara de poucos amigos no supermercado (igual a você, de manhã cedo na rua gelada!), enquanto o morango brilha de felicidade, cada vez mais barato nas promoções da feira.
A natureza tem lá o seu ritmo, mas o ser humano e sua vontade de comer de tudo o ano inteiro resolveu forçar o que não é natural. Resultado: até tem abacaxi no inverno, por exemplo, mas não é aquele perfumado, docinho e delicioso. As laranjas também estão assim assim; ácidas, branquelas por dentro, sem gosto...
E não é porque está lindo por fora que vai estar gostoso por dentro.
A maneira mais segura de comer frutas, verduras e legumes deliciosos é respeitar a época de cada um. Pesquisar, perguntar para os mais experientes e observar as ofertas e promoções semanais ajuda no aprendizado do tempo de cada coisa.
Outro jeito é frequentar feiras livres e sacolões, onde dá pra conversar com o vendedor, perguntar sem vergonha de mostrar que não sabe e experimentar antes de comprar.
Ou ainda pedir para que o gerente do seu supermercado favorito deixe à sua disposição, no setor de hortifruti, uma tabela que mostre os meses e suas respectivas safras, como faz a rede Pão de Açúcar na foto acima.
Enquanto você não tem tudo de cabeça, é uma ótima ajuda!

sábado, 2 de julho de 2011

Improviso

Tá certo que preguinhos no muro não são os itens de segurança mais bonitos pra você ter em casa, mas olha pra que eles também servem:

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Faça sua parte

Se você assistiu ao Globo Repórter de hoje e se emocionou com cada umas das comoventes histórias de animais mostradas no programa, dê um pulinho no site da emissora e faça seus elogios, comentário e, se for o caso, críticas.
É importante ser atuante e mostar à imprensa que o trabalho feito por ela tem repercussão, seja positiva ou negativa.
A televisão, como meio de comunicação de fácil acesso às massas, tem grande poder de educação (e deseducação) através das reportagens que produz, por isso dar sua opinião e se mostrar interessado por programas como o de hoje pode fazer muita diferença.
Cada um de nós é, em parte, responsável pelo conteúdo produzido pela mídia em geral, que assim como qualquer empresa comercial, se empenha em produzir o que vende mais.
Então mostre a eles do que você gosta! Ou você está esperando que alguém adivinhe?
Para te dar um empurrãozinho, aí vai o link para o site do Globo Repórter:
www.g1.globo.com/globoreporter