sexta-feira, 25 de maio de 2012
Comprinhas saudáveis
Até este domingo, dia 27 de maio, acontecem juntas na Bienal do Parque Ibirapuera, em São Paulo, a Bio Brazil Fair (Feira internacional de produtos orgânicos e agroecologia) e a Natural Tech (Feira internacional de alimentação saudável, produtos naturais e saúde).
Estive lá ontem, com as queridas Silvia e Sabrina Jeha, da Sabor de Fazenda, e pude viver um pouco do alto astral e da empolgação dos expositores, que tem feito o evento melhorar a cada ano. O mercado de produtos naturais e alimentos produzidos com respeito ao meio ambiente só cresce, e a cada dia mais produtos interessantes estão à disposição de clientes também cada vez melhores: informados, exigentes e conscientes.
A entrada para as feiras é gratuita, e lá dentro você pode comprar desde ervas e alimentos orgânicos frescos até chás, óleos essenciais, cosméticos, diferentes tipos de arroz e castanhas, roupas de bebê, fraldas de pano, produtos de limpeza, livros e milhares de outros produtos para a casa, saúde e bem estar. A maioria dos estandes aceita cartões de crédito e débito, mas leve também dinheiro e algumas ecobags, porque é difícil resistir e deixar passar a oportunidade de experimentar coisas novas. Das 11 às 20 horas. Vale a pena!
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Horta em vasos edição EXTRA - Baby folhas de beterraba
Quer mais uma sugestão de saladinha para plantar em vasos?
Baby folhas de beterraba!
A maior parte de todos nós costuma desperdiçar metade da planta Beterraba (Beta sp.) achando que a única parte comestível da hortaliça é sua raiz tuberosa - aquela bolota bem vermelha -, mas quem gosta daquele sabor característico e já experimentou fazer salada com suas folhas só tem elogios. Sim, as folhas da beterraba são comestíveis, super nutritivas e têm gosto muito parecido com o da raiz. Basta lavá-las como qualquer outra folha, temperar com azeite e sal e nhac!, como diz a Neide, do Come-se.
Infelizmente não são todos os supermercados e feiras livres que vendem beterraba com a rama, mas se você tem procurado uma hortaliça bonita para produzir em vasos, encontrou.
É muito simples; certifique-se apenas de que você tem em casa um local onde o sol bata por pelo menos 4 horas todos os dias.
Você também vai precisar de:
- um vaso ou qualquer recipiente (furado no fundo) com no mínimo 20 cm de boca
- argila expandida ou pedras pequenas em quantidade suficiente para cobrir o fundo do vaso
- um pouco de areia ou manta de bidim
- terra adubada de boa qualidade
- sementes de beterraba (em boas lojas de jardinagem ou no site www.isla.com.br)
- um borrifador de água para fazer as regas
Primeiro, monte o vaso colocando as pedras no fundo, depois a manta de bidim ou a areia até cobrir as pedas e então complete o vaso até a boca com terra. Para um passo a passo com fotos, veja o post sobre a montagem da horta em vasos clicando aqui.
Dê algumas batidinhas no vaso para que a terra se acomode bem e faça, na superfície, pequenos furos de 1 cm de profundidade com um pauzinho ou o dedo mindinho, por exemplo. Os furos devem ter cerca de 2 ou 3 cm de espaço entre eles.
Coloque uma semente dentro de cada furo e cubra-os com terra.
Borrife uma boa quantidade de água nessa primeira rega para ter certeza de que as sementes serão umedecidas, e daí em diante basta manter a umidade borrifando um pouco de água todos os dias.
Dentro de uma semana, mais ou menos, você começará a ver folhinhas brotando. Continue regando diariamente e acompanhe o crescimento das suas mudinhas de beterraba pelo tempo que aguentar. Você poderá colhê-las ainda mini, para decorar um bonito arroz colorido ou uma salada de rabanetes, ou deixá-las crescer até atingirem 10 ou 12 cm de altura. A partir daí as mudas começarão a formar, na base do caule, a beterraba propriamente dita, e então é indicado colher de uma vez porque, com o espaçamento das sementes muito justinho, as raízes tuberosas não terão espaço para se formar e sua plantação vai entrar em colapso!
Numa plantação de beterrabas onde a intenção é deixar a planta desenvolver todo o seu ciclo e formar as bolotas, as sementes são plantadas com espaçamento de 10 cm entre elas e em profundidade mínima de 40 cm, enquanto que em vasos só é possível chegar até a fase de folhas baby.
Experimente e dê uma incrementada na sua hortinha. Além de comestíveis, as folhas muito saborosas e decorativas.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Bombeiros de Crocs
O telefone tocou na noite de sábado trazendo a notícia de que uma árvore do sítio (enorme, 40 anos de idade) estava pegando fogo. Foi o tempo de pegar alguns baldes e sair correndo, de Crocs e roupinha gostosa de ficar em casa, porque quando eu disse "vamos chamar os bombeiros", ouvi o que ainda não sabia: Holambra não tem corpo de bombeiros, então conta-se apenas com a própria torneira e a colaboração de quem estiver por perto e disposto a ajudar.
Trabalhamos por uma hora com pouca pressão na mangueira, enchendo baldes e arremessando água para o alto, e enquanto combatíamos o fogo ouvimos de alguns vizinhos pérolas do tipo "eu passei aqui e vi o fogo há meia hora atrás mas não tinha seu telefone para avisar".
Telefone para avisar??? Por que não buzinou no portão?
As muitas folhas secas do chão fizeram um fogaréu que queimou os primeiros metros da casca do tronco e alguns galhos mais baixos. Conseguimos apagar o grosso e os pequenos focos em pontas de galhos e forquilhas altas foram apagados pelo orvalho. Sorte.
E se você está se perguntando como o incêndio começou, eu conto: um funcionário piromaníaco recolheu folhas do chão, fez um montinho "isolado", colocou fogo, disse que esperou acabar de queimar e foi embora pra casa. Resultado:
Muita gente por aí tem mania de usar fogo para queimar lixo ou mesmo fazer "limpeza" em áreas tomadas por mato, por exemplo, mas está passando da hora de substituir essa cultura da queimada por atitudes mais sensatas. Em um mundo ideal, o material reciclável deve ir para a reciclagem, o orgânico para a compostagem e o que sobrar, para fornos de queima controlada, onde a fumaça que sai é filtrada para não poluir o ar e o calor é transformado em energia para abastecer lâmpadas, aquecedores e coisas do gênero.
Um ótimo exemplo de "quero ser assim quando eu crescer" é Boras, cidade na Suécia que joga fora apenas 1% do lixo que produz. Os resíduos gerados por seus 105.000 habitantes têm três destinos: 42% são incinerados e convertidos em energia elétrica, 30% são tratados biologicamente e transformados em combustível e 27% são levados para a reciclagem pela própria população, que se encarrega de separar e levar o material até os postos de coleta espalhados por toda a cidade. Apenas 1% do lixo que sobra é enterrado, porque o imposto para usar o aterro é muito alto.
Esse modelo de destinação do lixo foi iniciado em 1988 (pasme!), com 300 famílias, e é exportado pela universidade local, que presta assessoria de reaproveitamento de lixo para cidades no mundo inteiro, inclusive para as brasileiras Macaé, no Rio de Janeiro, e Sobral, no Ceará.
A experiência deu tão certo que atualmente o município importa detritos da Noruega para gerar mais energia limpa e no futuro tem planos de investir na eliminação total dos combustíveis fósseis (informações da Revista Veja - Especial Sustentabilidade, dez/2011).
Não é demais?
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