quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Com pelos e pintas
No pouco tempo que tem sobrado depois das atividades do plantio de 12 mil árvores, a natureza ainda me manda presentinhos surpreendentes.
Essa veio vestida de oncinha, mas é taturana. E a julgar pelos tufos brancos, longos como os bigodes do felino, trata-se mesmo de uma fera.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Lançamento da linha de terrariums - venha vê-los pessoalmente!
Já pensou em ter um jardim em
miniatura com plantas tão pequenas que cabem na palma da mão e que precisam de
água uma vez a cada... três meses? Pois isso não só existe como tem nome:
terrarium. Para comemorar a entrada da Primavera, no dia 26 de setembro,
a partir das 13 horas, a Maria Bonita lança a linha Bothanica
Bonita, criada com exclusividade pelas empresárias Carol Costa e Juliana
Valentini.
A coleção traz 20 jardins
cultivados em vidros artesanais, com destaque para as raras micro orquídeas
brasileiras - algumas de flores menores do que a cabeça de um alfinete.
"Queremos mostrar um pouco da beleza que está escondida no que resta de Mata
Atlântica", explica Carol. Ela ressalta que as plantas não foram coletadas da
natureza: vêm de um colecionador que há 40 anos se dedica ao estudo de micro
orquídeas. "É uma forma de valorizarmos algumas das joias raras brasileiras,
plantas que não se vê nem em exposição", completa Juliana.
Os terrariums da coleção
Bothanica Bonita estarão à venda por duas semanas apenas na loja Maria
Bonita da rua Oscar Freire.
Quem é Carol
Costa
Sócia do site Minhas Plantas, é jornalista e colunista da Rádio Globo SP, onde fala sobre jardinagem. Seus vídeos com dicas sobre orquídeas já foram vistos por mais de 1 milhão de pessoas. Ministra oficinas de cultivo de plantas ornamentais em empresas, condomínios e para grupos interessados no assunto.
Sócia do site Minhas Plantas, é jornalista e colunista da Rádio Globo SP, onde fala sobre jardinagem. Seus vídeos com dicas sobre orquídeas já foram vistos por mais de 1 milhão de pessoas. Ministra oficinas de cultivo de plantas ornamentais em empresas, condomínios e para grupos interessados no assunto.
Quem é Juliana Valentini
Criadora do
site De Verde
Casa, é
empresária especializada em sustentabilidade. Produz mais de 150 espécies de
árvores nativas no Viveiro
Oiti,
localizado em Holambra (SP), onde trabalha com projetos de reflorestamento em
várias regiões do país.
Sobre a Maria
Bonita
Fundada em
1975, a marca é, hoje, referência brasileira em estilo, design e inovação. As
peças da Maria
Bonita são feitas
para uma mulher contemporânea, que busca estilo e expressa atitude. As criações
modernas, de corte impecável, são sinônimo de exclusividade e
elegância.
Informações gerais
Coquetel de lançamento da linha Bothanica Bonita
Data: dia 26 de setembro, das 13h às 20h
Endereço: Rua Oscar Freire, 705, São Paulo (SP)
Entrada: gratuita
Telefone: (11) 3063-3609
Informações gerais
Coquetel de lançamento da linha Bothanica Bonita
Data: dia 26 de setembro, das 13h às 20h
Endereço: Rua Oscar Freire, 705, São Paulo (SP)
Entrada: gratuita
Telefone: (11) 3063-3609
Site: www.minhasplantas.com.br
Contatos:
Carol Costa - carolcosta@minhasplantas.com.br
Juliana Valentini - juliana@deverdecasa.com
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Feliz, mas com a consciência pesada e o blog cheio de fungos!
Eis aqui uma blogueira com a consciência pesada. Quase 60 dias sem postar, e tudo o que nasceu por aqui foram fungos. Cada um mais bonito que o outro, é verdade, mas é tudo o que tenho para oferecer hoje.
Por outro lado, a vida segue boa (boa não, ótima!), novidades acontecem quase todos os dias, o trabalho tem estado cada vez mais interessante e ideias novas vêm surgindo numa velocidade impressionante.
Outro dia escrevi sobre estar ansiosa, sem dar conta de tudo o que já tinha para fazer enquanto surgiam ainda mais ideias e novidades para abraçar (leia aqui). Continuo assim, mas talvez um pouco mais calma, entendendo que às vezes não há como não sacrificar algumas coisas em nome de outras.
Se uma amiga querida chega de surpresa no fim da tarde, bem no momento em que eu ia regar os vasos, as plantas esperam até o dia seguinte mesmo que já estejam um pouco murchas. Se aparece um convite pra viajar no final de semana em que o certo seria cuidar da horta, paciência; malas no carro, pé na estrada e a horta fica com mato. E se aparece um trabalho interessante num feriado de descansar em casa, simbora trabalhar.
Ser feliz no trabalho é fundamental, novidades são sempre bem vindas e, ao contrário de quem se queixa de tédio, eu abraço sim mais coisas do que dou conta. Quero ter todas as plantas que gosto, plantar todos os vegetais que como, fotografar as belezas da minha casa, costurar almofadas, pintar paredes, fazer bolo pras visitas, quero produzir presentinhos personalizados, visitar livrarias, não resistir e comprar aquele livro novo, andar de bicicleta pela cidade como uma holandesa, visitar os bebês da família, participar de todos os trabalhos para os quais me consultam, colecionar sementes, viajar...
Para quem ainda vem a essa verde casa procurando por histórias de vida e natureza, peço um pouco de paciência. Aos poucos vou voltando.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Caçadores de bons exemplos
Imagem do site Caçadores de Bons Exemplos |
Comecei a semana com um post na cabeça, mas o dia cheio de tarefas e o e-mail de divulgação de um bom exemplo mudou meus planos, por isso publico aqui uma história super inspiradora, que se não vai nos tirar de casa para uma expedição igual, ao menos pode nos estimular a ver o mundo através dos mesmos olhos.
Curta a história e clique no link, lá no final do post, para conhecer ótimos exemplos descobertos por Iara e Eduardo Xavier.
Caçadores de Bons Exemplos: O casal que percorre o mundo
em busca de ações
transformadoras
Eles poderiam perguntar coisas do tipo: Onde esta o posto mais próximo ou onde fica o hotel da cidade? Mas a pergunta que fazem ao chegar em novos lugares define bem o objetivo do casal que desapegou de tudo o que tinha e caiu na estrada em busca de algo além de ganhar dinheiro, adquirir bens e cuidar da família somente. A pergunta é: Quem faz a diferença nesta cidade?
Caçadores de Bons Exemplos é o nome adotado por Iara e Eduardo Xavier quando começaram a viagem pelo Brasil em janeiro de 2011. “Somos um casal cansado de ouvir notícias ruins. Acreditamos que existem muito mais pessoas do bem do que ações negativas no mundo”, afirmam.
Eles contam que sentiam necessidade de fazer algo maior pelas pessoas, mas não sabiam o que e nem como suprir essa vontade. Então decidiram viajar por cinco anos para conhecer e conviver com exemplos que fazem a diferença pelo Brasil e no exterior. “Precisávamos conviver com pessoas que já fazem isso. Pessoas que pararam de olhar apenas para ‘seu próprio umbigo’ e olham para um todo”.
O carro transformou-se na casa de Iara e Eduardo.
O sonho antigo não precisou de muito planejamento, foram se permitindo e quando viram já estavam na estrada rumo a Minas Gerais, onde encontraram o primeiro bom exemplo e a certeza de que estavam no caminho. “Planejamos muitas coisas para fazer nestes cinco anos, mas o tempo foi modulando e deixando o que realmente importa. Hoje está acontecendo o que precisava acontecer, o resto ficou pelo caminho”, explicam.
O objetivo é percorrer todo o país e o exterior encontrando gente e instituições que fazem o bem e trazem melhorias para a vida das pessoas por meio de ações. Não estão preocupados em acarretar resultados ou promover grandes transformações e sim se emocionarem a cada encontro e poder compartilhar essa experiência do bem com o mundo.
A vida é uma viagem
“A vida passa rápido, como uma viagem e devemos ficar com as boas lembranças do caminho. Carregar em nossa bagagem não só roupas e matéria, mas sim o que fizemos com o próximo e pelo próximo. Nossa bagagem deve ter muitas fotografias de bons momentos e do bem que fizemos”,explica os Caçadores de Bons exemplos sobre o nome da expedição “A vida é uma viagem” que se tornou filosofia e os acompanham.
Para o casal, bons exemplos são aqueles que transformam. “Bom exemplo para nós é sinônimo de transformação. É aquele que faz algo a mais pela comunidade em que vive. É ir além do limite da comodidade e ‘botar a mão na massa’ para realmente resolver problemas sociais do país."
Na estrada descobriram que o povo brasileiro é caridoso e também acredita na mudança, diferente do que mostra os jornais. “Precisam apenas direcionar a solidariedade para ações menos assistencialistas e mais transformadoras”, dizem.
Para começar a praticar o bem o casal explica que não precisa ir muito longe, basta contribuir com aquilo que estiver ao seu alcance. “Ajude o próximo que está próximo de você! Não estamos falando de assistencialismo, mas sim de transformação de vidas! Coisas ruins sempre irão acontecer, mas, podemos neutralizá-las com ações positivas.”
Como se faz o bem
A única regra seguida pelo casal é não pesquisar na internet sobre projetos. As ações são indicadas pelas pessoas que encontram no caminho. Estão certos de que tudo pode acontecer em um dia. Não há horários para refeições, locais para banhos e nem para o repouso. “A única certeza é que no fim de semana postamos no nosso blog os projetos que encontramos pelo caminho”.
O carro se transformou em morada e foi adaptado a suprir algumas necessidades como panelas e frigobar para as refeições e uma barraca automotiva para repouso quando não são convidados a dormir na casa de algum morador.
O casal fala sobre o que os move a permanecer na estrada durante tanto tempo: “Acreditamos que todo mundo tem o bem no coração. Divulgando estas ações positivas e estes bons exemplos, as pessoas podem fazer o mesmo em suas cidades, transformando-se em multiplicadores ou podem ajudar aqueles que já fazem estas ações.”
A maior dificuldade encontrada pelo casal é a falta de patrocínio e não possuir um banheiro.
A única coisa que realmente acham necessária para realizar uma ação como essa é a vontade de fazer acontecer. “É necessário apenas a força de vontade e acreditar no sonho. O resto é detalhe”.
Muitas são as dificuldades encontradas no caminho, pois apesar de terem vendido tudo que tinham não eram ricos e a falta de apoio e patrocínio tem trazido alguns obstáculos superados com amor e perseverança por eles. A falta de banheiro também é um das grandes dificuldades encontradas por Iara e Eduardo. “Foi uma mudança radical em nossas vidas”, diz eles.
A semente no caminho
Até o momento já registraram mais 600 boas ações em 133.855 km percorridos por terra, mar e ar, passando pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amapá. "O que nos importa é a ação positiva que as pessoas realizam. Não importa o foco ou religião, o importante é fazer a diferença naquela comunidade”.
O pagamento pela atitude do casal vem em forma de histórias como a de uma senhora que após ler as ações encontradas por eles entrou em contato e disse que se sentia mal por nunca ter feito algo por alguém. Mas que a partir daquele dia confeccionaria enxovais para grávidas carentes. “Quantas pessoas leram sobre os bons exemplos e estão agindo? Talvez nunca iremos saber à proporção que alcançaremos, mas saberemos que a visão de alguns perante o mundo foi mudada”, dizem.
O sonho do casal é fazer uma revista ou livro de cada estado percorrido para catalogar as ações encontradas e distribuir as publicações gratuitamente para motivar mais pessoas a fazer o bem. “Fazer um intercâmbio de idéias positivas entre as regiões. Assim, podemos formar multiplicadores de ações sociais”, dizem.
Quando indagados se uma ação como a deles poderia mudar o mundo a resposta vem com um sorriso. “Sim! Tudo o que o ser humano faz pode mudar o mundo. Então, por que não tentar? Talvez não mudaremos todo o planeta Terra, mas pelo menos “mudamos” o mundo das pessoas que conhecemos pelo caminho. Sabe como? Fazendo com que elas reflitam sobre suas vidas” conclui o casal.
Texto da Agência de Notícias do Terceiro Setor
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Asas, pra que te quero
Passei dois dias observando a mariposa número 1 dentro do borboletário, esperando que ela parecesse um pouco ativa para então soltá-la. Ninguém disse que ela precisaria se mostrar lépida e fagueira para merecer a liberdade, mas ela ali parada o dia todo no mesmo lugar não me dava a impressão de que desejasse ganhar o mundo.
Também tive um pouco de dúvida a respeito da melhor hora para soltá-la lá fora. De dia ou de noite? Como dizem que as mariposas voam à noite, fiquei nesse dilema. Mas uma coisa era certa: dentro do vidro ela estava sem comer (e eu sem saber como alimentá-la) então achei por bem colocar o jardim inteirinho à disposição, para que ela resolvesse isso por si mesma. E me resolvi pelo fim da tarde, assim ainda é um pouco dia mas já vem caindo a noite.
Capturei-a dentro de um copo e fui pra baixo do ipê roxo, não sem antes fazer a foto acima. Foi nesse momento, quando ela abriu as asas, que confirmei se tratar de uma mariposa chamada popularmente de "olho de boi", e de Automeris umbrosa nos livros. Quando está em repouso ela esconde as asas inferiores, mas quando voa (ou se prepara para decolar), se abre toda e mostra dois grandes "olhos" pretos e amarelos bastante característicos da espécie.
Foi bem bonito quando ela entendeu que estava livre e deu duas voltas acima da minha cabeça, antes de escolher um lugar no tronco da árvore para apreciar a nova paisagem. Nova mais ou menos, porque voltou ao jardim de onde saiu lagarta, depois de passar dois meses rodeada pelos livros do escritório. É como a história dos adultos que voltam (transformados) à casa onde nasceram depois de passar um tempo estudando na cidade grande.
No final daquele mesmo dia mais alguém nasceu no borboletário, mas dessa vez com uma história um pouco complicada. Mariposa número 2 teve problemas durante a transformação e saiu da pupa com má formação da asa esquerda. Acontece nas melhores famílias, inclusive na das saturniidae.
Ainda assim a vida continua, por isso, mesmo com sérios problemas para voar ela também foi solta no jardim e vai se virar como pode.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Como evitar o ressecamento de vasos pendentes. Ou: usando a sacolinha plástica para o bem
Nos objetos do jardim, sempre preferi materiais rústicos e naturais aos plásticos e artificiais. Sei lá, acho que eles têm mais a ver com plantas, natureza, com o "visual botânico", digamos assim. Apesar de já ter comprovado alguns benefícios dos vasos plásticos em relação aos de barro e os de fibras orgânicas, não consigo conviver com aquele visual preto brilhante e nem com os marrons que imitam barro.
Gosto mesmo quando aquele avermelhado da terracota vai ganhando manchas de umidade, e quando o xaxim e a fibra de coco ficam esverdeados de musgo. Tenho sempre a impressão de que ali se forma um micro-bioma, um ambiente cheio de vida espontânea que abriga seres microscópios que eu não vejo mas que estão interagindo com a minha planta. E estão mesmo.
Só que qualquer pessoa com um mínimo de prática com plantas já percebeu que tanto os vasos de barro quanto os de fibras naturais secam muito mais rápido que os de plástico. Se o tempo está quente, seco demais ou ventando, não há rega que dure. Você molha num dia e logo sua planta já te pede mais água.
Isso acontece porque esses materiais são porosos e permitem que a umidade da terra vá embora facilmente. Às vezes, se estão secos demais, eles funcionam até como esponja, absorvendo a água que deveria ficar na terra, disponível para as raízes. Se você adora regar plantas, tem poucos vasos porosos ou muito tempo disponível, tudo bem. Mas se tempo ou disciplina são artigos raros na sua vida, é batata: suas consciência está sempre pesada porque suas plantas estão secas e não tão bonitas quanto poderiam estar. Assim era eu.
Mas um dia deu os "cinco minutos" e eu combinei comigo mesma que reformaria todos os vasos, trocando a terra antiga por uma novinha e adubada com húmus ou esterco e aproveitaria o embalo pra pintar todos por dentro com impermeabilizante. Falei sobre isso aqui.
Ainda estou nesse movimento, reformando aos poucos os muitos vasos de barro. Só na hortinha de temperos são quinze. No entorno da casa tem outros quinze, mais ou menos. Falta um tanto pra reformar mas tudo bem, é atividade relax, sem data marcada pra terminar.
Só que além dos de barro tenho mais quatro ou cinco de fibra de coco, pendurados, com plantas pendentes, e finalmente de um modelo que eu gosto. Meus preferidos de pendurar eram os de xaxim, feitos a partir do tronco de uma planta nativa do Brasil que se chama Dicksonia sellowiana - nome popular: samambaiaçú. Acontece que depois de muitos anos de extração descontrolada dessa planta, a comercialização dos vasos de xaxim foi proibida para evitar a extinção da espécie, já que para produzir os vasos mata-se o samambaiaçú e nunca houve a preocupação de plantios para reposição. Mas isso é história pra um outro post.
Diante da proibição do xaxim, começaram a aparecer no mercado outras opções de vasos de fibra natural, e certamente os que mais se estabeleceram foram os modelos feitos de fibra de coco. Existem diversas tecnologias de produção e diversos modelos de vasos, mas em todos os casos existe o mesmo problema de ressecamento da terra, assim como acontece nos vasos de barro. Só que os de fibra não dá pra pintar por dentro.
A solução que encontrei foi forrá-los com uma sacolinha plástico, que faz as vezes da tinta impermeabilizante. Qualquer sacolinha serve, desde que não seja de plástico biodegradável, senão em alguns meses ela se decompõe. É importante encontrar uma sacolinha do mesmo tamanho ou um pouco maior que a parte interna do vaso, pra que a forração fique bem ajustada, e fazer um ou dois furos no fundo, pra que o excesso de água possa pingar para fora.
Neste caso minha primeira opção de sacolinha (na foto acima) ficou um pouco pequena, então acabei trocando por outra maior.
Primeiro abri a sacolinha dentro do vaso e depois cortei a parte das alças um pouco abaixo das bordas da fibra, pra que o plástico não fique aparecendo depois de tudo pronto.
Colocar um pouco de terra no fundo ajuda a fazer a sacolinha parar quieta no lugar. Assim fica mais fácil fazer o corte das beiradas.
Depois é só continuar com o jeito normal de montar vasos: um tanto de terra no fundo, o torrão com a planta e mais terra em volta e em cima para preencher todo o espaço. E assim você tem um vaso de fibra de coco que mantém a umidade da terra como um vaso de plástico. Bingo!
Obs: No caso de vasos pendentes eu não costumo fazer a camada de drenagem abaixo da terra (veja aqui), já que pelo furo do fundo a água pinga livre, sem obstáculos.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Preparativos para festa junina - parte 2. Garrafinhas para suco
Tem gente que chama de frescura, mas pra mim o nome é certo mimo. 'Inda mais em se tratando de festa junina, onde tudo é feito com capricho e as meninas se empetecam de saias rendadas e tranças amarradas com fita.
Ainda no clima da preparação das bandeirinhas e outras bonitezas, chegou o momento de usar as garrafinhas de leite de coco que venho juntando há quase dois anos. Desde o começo da "coleção" já visualizava esse jeito de servir suco mas ainda não tinha tido oportunidade de experimentar.
É tudo simples e rústico, como pede a festa. A juta tem uns 4 cm de largura e foi aproveitada de uma embalagem para presente; as tirinhas de chita sobraram do corte das bandeirinhas, e os canudos, único item comprado, vieram do supermercado do bairro.
Se as garrafinhas estão prontas com antecedência, o trabalho de servir durante a festa é o mesmo de encher copos. Com uma jarra e um funil, rapidinho você dá conta do recado. E não tem convidado que não se sirva dizendo ai, que bonitinho...
terça-feira, 18 de junho de 2013
Nasceu!
Eu nem sei se o termo é esse, mas a primeira coisa que consegui dizer foi NASCEU!, ontem, no fim da tarde, quando encontrei essa criatura com asas dentro do borboletário.
Como já era esperado, é alguém completamente diferente daquelas taturanas carnavalescas, listadas de branco e verde limão que viveram dentro do vidro por mais de 60 dias. Por enquanto essa é a única "desencasulada", e o mais estranho é que eu não sei de onde ela saiu, porque conto os casulos e todos continuam aparentemente intactos.
Talvez ela seja a explicação de uma confusão na contagem que aconteceu nos primeiros dias de borboletário. Me lembro que em algum momento achei que tinha 10 taturanas vivendo ali, mas quando encontrei mais uma no jardim e a levei para dentro do vidro, repeti a contagem e de novo deu 10. É muito pouco provável que tenha acontecido uma fuga, porque o vidro ficou o tempo todo bem fechado, então hoje penso que se todos os casulos estão intactos e apareceu uma mariposa, ela deve ser a sumida que encasulou em algum lugar e eu não vi. É a única explicação.
O fato é que não tive coragem de soltá-la ontem e nem hoje, ainda. E quando amanheceu o dia encontrei uma coisa branca escorrida no vidro onde ela ficou paradinha desde que a descobri. Até agora não a vi voar; está olhando o jardim pela janela, pousada ao lado de onde ficou ontem.
Só que o dia da liberdade tem que ser hoje, porque não sei o que dar para ela comer
e nem faz sentido criar uma mariposa no vidro, coitada. É hora de
ganhar o mundo. E que venham as outras.
Para acompanhar essa história desde o início, clique aqui e leia os posts de baixo para cima.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Preparativos para a festa junina. Ou como fazer bandeirinhas de chita
Meu dever de casa dos últimos dias tem sido a elaboração e a produção de uma festa junina charmosa que vai rolar neste final de semana. Vai ter fogueira, quentão, comidinhas juninas, pescaria com brindes... e tudo feito por nós, evitando o máximo possível comprar pronto. Por que? Ah, porque planejar é uma delícia, fazer é mais gostoso ainda, e ver tudo pronto no final, saído da sua cabeça e das suas mãos, dá um orgulho que só sentindo pra saber.
Comecei a produção pelas bandeirinhas, que não podem faltar, e resolvi fazer tudo de chita. Já que é pra fazer, vamu fazê bunito! A Mari ajudou comprando três estampas diferentes do tecido, pra ficar tudo bem colorido. Segundo ela, em São Paulo, na rua 25 de março, point da mercadoria barata, o metro da chita custa R$ 5,30. Aqui em Holambra e nas pequenas cidades ao redor (Jaguariúna e Artur Nogueira) encontrei a R$ 7,50.
O primeiro passo foi planejar as dimensões no papel, de acordo com os cortes de tecido que compramos. Decidi por 15 cm de altura (mais 2 cm para fazer a dobra que cola no barbante), 13 cm de largura e 6,5 cm no triângulo que forma as pontinhas.
Definidas as medidas, fui dobrando o tecido, fracionando sua largura de 1,40 m até chegar numa tripa de aproximadamente 17,5 cm. São 3 dobras: a primeira já vem de fábrica, dobrada no rolo da loja. O 1,40 m vem dobrado em 70 cm. Depois dobrei no meio de novo, fazendo uma tripa de 35 cm, e dobrei mais uma vez no meio, chegando em 17,5 cm. Deu pra entender? Assim, de cada corte já saem 8 bandeirinhas de uma vez e a produção fica 8 vezes mais rápida.
Daí, usando esquadro e um estilete de lâmina circular, dividi a tripa de tecido dobrado em retângulos de 17 cm de altura (cortando uma beiradinha de um lado e de outro para tirar fora as dobras do tecido) por 13 cm de largura.
Com o molde de papel e uma caneta esferográfica marquei o triângulo de baixo em todos os montinhos de 8 retângulos de tecido e depois cortei todos eles com uma tesoura bem afiada. Ferramentas eficientes ajudam muito nesses tarefas. Nada pior do que ficar lutando com uma tesoura que não corta.
Enquanto fazia os cortes descobri que usar uma garrinha dessas de prender papel ajuda muito, mantendo os 8 tecidos unidos. Sem ela você começa a cortar e montinho vai escorregando, fugindo da tesoura. O corte começa certo e termina todo torto.
No final de 3 horas de trabalho produzi 360 bandeirinhas. Cada corte de 2 metros de chita rendeu 120 unidades. Pra não dizer que ficou perfeito, depois de pronto achei que elas poderiam ser um pouco mais longas lá em cima, na parte que vai colada no barbante, pra gente poder dobrar uma abinha com mais folga. Mas tudo bem. Esse tamanho foi o exato para esse rendimento do tecido. Se você quiser seguir as dicas e mudar a altura, refaça o cálculo do tecido.
Terminei de cortar tudo já tarde da noite, mas não aguentei de ansiedade e ainda montei um fio de 4 metros para um test drive. Adoro ver pronto! Usei um barbante de algodão e cola branca, passada com pincel. No dia seguinte, quando amanheceu, o jardim já tinha cara de festa junina.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Aprenda a cultivar orquídeas com Carol Costa
Você ama orquídeas, mas vive matando as coitadas? Compra a planta cheia de flores e ela não fica nem um mês bonita na sua casa? Morre de culpa quando ganha um vaso imaginando que ele será sua próxima vítima? Colega "garden killer", você não está só. Venha se redimir nesse divertido rehab, ops, encontro que a jardineira Carol Costa preparou.
No dia 15 de junho, a partir das 9h30, Carol abre o primeiro Curso de Cultivo de Orquídeas do portal Minhas Plantas, no bairro de Pinheiros, em São Paulo (SP). Você terá a companhia de outros "matadores de orquídeas" prontos para superar essa fase e ter plantas bonitas, saudáveis - e vivas! - por muitos anos. Jornalista e colunista da Rádio Globo SP, Carol vai contar como ela mesma conseguiu passar de assassina de plantas a orquidófila, além de ensinar todos os truques de cultivo: onde plantar, quantas vezes regar, como escolher o vaso e o que usar na adubação. Cada participante fará um transplante e levará para casa uma orquídea, além, claro, de mimos exclusivos oferecidos pela MB Flores.
Depois da aula prática, todos participarão de um almoço de confraternização no restaurante francês Sarrasin, que preparou um cardápio delicioso para o evento. E tem mais: venda de plantas, vasos e adubos a preços promocionais e ainda uma visita monitorada a um garden center quase secreto. Vai ser um sábado delicioso e instrutivo que até as crianças podem participar! Inscrições e mais informações aqui.
terça-feira, 4 de junho de 2013
A visita da jiboia Anaconda
Não que aqui seja muito meio do mato. Na verdade estamos em área até bastante urbanizada, a apenas 3 km do centro da cidade e com pista de asfalto no portão (nem é porteira). Mas como as propriedades do entorno são todas de produção rural, a paisagem ora é milho, ora é soja. Às vezes feno ou trigo, também. E a fauna silvestre que mora por aqui é a que ainda consegue conviver com essas culturas e se alimenta direta ou indiretamente delas. Dos bichos que andam no chão tem siriema, saracura, teiú, cobra...
Era um sábado, e nós estávamos nos preparando pra receber um grupo de ingleses que vinha conhecer a produção de árvores nativas. Aproveitamos a sombra da enorme lichia e arrumamos uma bonita mesa de lanche com sucos coloridos, biscoitinhos de coco, bolo de fubá e arranjo de flores, tudo bem caprichado. Já era quase hora do ônibus chegar com os turistas quando um vizinho parou na pista aqui em frente, ergueu a cabeça por cima da cerca viva e gritou pessoal, vocês vão receber visita!
A primeira coisa que passou pela cabeça foi que em cidade pequena todo mundo sabe tudo, mesmo. Mas e daí que a gente vai receber visita? Isso lá é motivo pra vizinho assuntar por cima da cerca alta, gritando da rua?
Só que ele insistiu e gritou de novo: pessoal, visita!
É que ela vinha chegando. Um pouco menos comprida que um ônibus de turistas, mas serpenteava pelo chão atravessando o asfalto, decidida a entrar aqui. O vizinho vinha passando de carro, reduziu pra não passar por cima dela e sabiamente parou para protegê-la de outros carros e avisar os anfitriões, porque afinal de contas é sempre bom saber que se tem uma hóspede de um metro e meio de comprimento em casa, principalmente em dia de lanchinho para turistas europeus.
Nessa hora bateu um nervoso. Não exatamente pela jiboia, linda, brilhante, o centro do corpo grosso como um abacate, mas porque tudo sempre acontece ao mesmo tempo. E aí, o que fazer?
Mas de novata aqui só tem eu. Flop já passou por isso umas quatro ou cinco vezes nos últimos 30 anos e logo cantou a jogada: você fica aqui vigiando onde ela vai que eu vou buscar um saco e um balde. A gente coloca ela no saco, o saco no balde, tampa, e quando os ingleses forem embora soltamos ela numa matinha perto daqui.
Passei uns minutos ali, olhando aquele bicho bonito andar jardim a dentro. Não deu medo, não. Ela é muito calma, passeia como se a vida fosse só aquilo mesmo: a grama, o sol quentinho, um jardim bonito, uma mesa de lanche...
Veio um saco grande (de farinha da marca Anaconda), um balde de 200 litros, uma pá e uma chapa de metal. Devo dizer que duvidei que ela entraria no saco. A troco de quê? Mas quando a cobra se vê com duas criaturas em volta olhando pra ela, uma chapa de metal de um lado, uma pá do outro e um saco aberto na frente, tipo caverna, acho que pensa que talvez seja melhor se esconder.
Ela colocou a linguinha pra fora, sentindo o cheiro da caverna, e foi entrando. Simples assim.
Foi até o fundo, se enrolou lá dentro com requintes de flexibilidade e relaxou.
Depois de quinze minutos chegaram os ingleses, que conheceram o viveiro, passaram (sem saber) diversas vezes ao lado da cobra ensacada dentro do balde, tomaram lanchinho, bateram muito papo e foram embora elogiando o sítio e nossa simpatia e hospitalidade. Talvez consigam desfazer, mundo a fora, as velhas histórias de que no Brasil a gente é selvagem, anda de canoa, tem cobras em casa...
O dia terminou numa mata junto a um pequeno rio, com a cerimônia de soltura da jiboia batizada de Anaconda. De início ela nem quis sair, mas depois de uns minutos e de uma chacoalhadinha no saco de farinha, pôs a cabeça pra fora, cheirou outra vez com a língua e percebeu a mata. Daí foi.
Logo nos primeiros metros de vegetação densa virou à esquerda e encontrou uma árvore. Depois de um dia diferente, de asfalto, grama, saco de farinha, balde e viagem de carro, Anaconda achou que seria bonito ver o pôr do sol do alto. E subiu.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Gincana de charretes em Holambra
Outro dia dei risada quando minha irmã me disse que depois que me mudei pra Holambra fiquei meio caipira. O comentário foi uma brincadeira (séria!), com a melhor das intenções, e claro que não me ofendeu nem um pouco. Muita coisa mudou sim, e hoje curto coisas muito diferentes das que curtia antes. Acho que não abandonei as de antes, mas aumentei o repertório de curtições com prazeres inusitados que só uma cidade brasileiro-holandesa do interior poderia me oferecer.
Aqui passei a viver situações das mais variadas, desde as simples e ingênuas como dar um bolo de presente e receber em troca um imenso cacho de bananas, até conversar numa rodinha de quatro pessoas onde cada um fala uma língua e todos dão risada tentando se fazer entender. Vim para o interior mas ao mesmo tempo conheci mais do mundo, e aqui participo de coisas que jamais pensei existirem. A gente está sempre meio suja de terra, andando de jipe ou caminhãozinho, mas vai comer no restaurante a quilo e escuta holandês na mesa de um lado, francês na do outro, inglês na do outro... É gente do mundo inteiro que vem aqui negociar flores e às vezes até fica para morar. Certamente essa mistura de culturas encerrada numa cidade pequenininha é uma das coisas que faz de Holambra uma cidade muito especial.
Já vi fanfarra tocando samba em trajes típicos holandeses, acompanhei procissão a cavalo da festa da igreja, assisti a corais cantando em latim, encenação de presépio, e ontem, pela primeira vez, a gincana de charretes. Segundo contam os filhos e netos de imigrantes holandeses, as gincanas surgiram logo nos primeiros anos do estabelecimento da colônia por aqui (anos 40 e 50), para entreter e integrar as famílias, que viviam isoladas, sem entender nada de português e sem dinheiro para viajar. Era uma vida simples, rústica, cada família no seu sítio, com muitas crianças - ter 10 filhos era normal - e muito trabalho a fazer. Não existia televisão, quase ninguém tinha carro e as poucas atividades fora de casa eram a escola para os jovens e a igreja para toda a família.
Aí então os mais animados resolveram agitar e inventaram atividades e brincadeiras com o que havia disponível. Assim surgiram os primeiros corais, campeonatos de esportes, os espaços de lazer e as gincanas. Ainda não sei muito sobre as histórias de antigamente, mas o que vi ontem certamente é o que sobrou das brincadeiras rústicas do tempo da imigração, e continua com as características daquela época porque se for de outro jeito não tem a menor graça.
Todos os anos a moçada de vinte e poucos anos se junta para a gincana de charretes, e só mesmo tendo vinte e poucos pra topar as bagunças que eles inventam. É nessa hora que os netos dos imigrantes esquecem as frescuras da cidade grande - São Paulo, Campinas e adjacências - onde estão fazendo faculdade, e encaram água, lama e a poeira da roça.
O dia estava lindo, com aquele céu azul incrível de outono, e as equipes, em charretes e carroças enfeitados com flores e caixas de som, começaram a brincadeira às 7 da manhã. Eu fui de carro (que já passei dos vinte e poucos) parando de prova em prova, pra ver do que se tratava. Na prova do estilingue de ovo um participante puxa o super elástico preso em dois postes e o outro se protege, com uma telha e uma caixa de ovos, atrás de uma trave que emoldura uma telinha (que trata de filtrar as cascas para não machucar a vítima).
Depois as equipes têm que encher vasinhos com terra e flores e levá-los, sobre uma telha quebrada, até a outra ponta do circuito, pisando dentro de pneus sem derrubar nada. Derrubou, perde ponto. Demorou, perde também.
Em seguida, em homenagem aos holandeses, uma prova com batatas, a base da alimentação neerlandesa. A "história" pra justificar a prova era a seguinte: os holandeses chegaram no Brasil e só encontraram arroz e feijão para comer. Mas ficaram com saudades das batatas, e como aqui chovia muito tiveram que colher batatas na lama. Muito bem, então, usando tamancos, quem pegar mais batatas no menor tempo ganha. Um entra no lamaçal e o outro da equipe fica vendado na beirada, segurando um baldinho pra recolher a colheita. No fim, só de molecagem, quem está de fora empurra o vendado e vai todo mundo parar na lama. Das batatas ninguém nem lembra mais.
Toca entrar na charrete e partir para o próximo ponto, atravessando sítios e pomares nos arredores da cidade. Na prova seguinte a vez é do cavalo. Numa charrete da organização alguém da equipe tem que percorrer um trajeto puxando um cavalo de pelúcia e um certo peso em chumbo, de acordo com o peso físico de cada um.
Também vale levar umas crianças, pra pesar mais.
Mais uma andada de charrete e chega-se na prova do pomar, onde o objetivo é colher laranjas e, com o cavalo andando, arremessá-las na bandeja do boneco-garçom. Quanto mais latinhas derrubar, mais pontos.
Por fim vai todo mundo pro lago, remar num caiaque com a maior quantidade de tranqueira que conseguir embarcar. Um rema, o outro empurra nadando, e tem que ir e voltar rapidinho sem deixar nada pra trás.
Depois das provas a moçada volta (cada equipe na sua charrete) pro sítio-base da gincana e faz um churras, que ninguém é de ferro. Tem entrevista pro jornal da cidade, contagem de pontos e premiação, que eu nem sei o que era, mas isso certamente foi o menos divertido.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Móbile interativo do Leleco: chuva colorida
Leleco fez um ano esse dias, e de presente a tia Jumbis fez pra ele uma chuva de gotas coloridas que se escondem dentro da nuvem quando a gente quer brincar de fazer chover.
Continuo na onda de fabricar os presentes que dou e é quase inevitável que eles tenham ecologia ou culinária como tema. Já dei bolo para os vizinhos, pé de tomate para o Nico e pulseirinhas para a Jus, aerium para a Mamma e no último fim de semana Leleco ganhou a chuva.
Tenho no computador uma pasta com imagens de boas ideias que vou encontrando na internet, além de uma estante cheia de livros comprados e presenteados por gente que sabe que sou chegada num trabalho manual. Assim vou juntando referências, e quando preciso de uma luz me ponho a pesquisar nas minhas fontes.
Essa nuvem encontrei na internet feita como um móbile de quarto de criança, mas o Leleco já passou da fase contemplativa e tem dedinhos ágeis, então fiquei com vontade de dar um presente com algum nível de interatividade. Pensei em gotas que se prendem na nuvem com velcro, ensaiei bolsinhos para esconder a chuva e acabei numa nuvem gorda, recheada de paina (deste post aqui), com um compartimento interno de onde se puxam as gotas por fitinhas de cetim.
Registrei algumas etapas da fabricação, mas antes de mostrar já peço desculpas pelas poucas e péssimas fotos feitas à noite, dentro de casa, com a luz horrível da lâmpada do teto. Pelo menos servem para dar uma ideia de como por em prática algo parecido que você invente para suas crianças. Feltro é barato, super versátil, feito em um monte de cores, e com linha e/ou cola você é capaz de construir qualquer coisa que te dê na telha.
Usei cola universal (à venda em qualquer loja de artesanato) para colar duas gotas uma na outra, com a fita de cetim passando entre elas.
Fiz uma marquinha num papel para manter mais ou menos a mesma distância entre as gotas.
Tudo o que foi colado ficou algum tempo sob um peso, pra ficar firme e bem acabadinho. Depois cortei, em feltro branco, quatro nuvens iguais, e costurei todas juntas só na parte de cima, já que a parte de baixo ficou aberta para esconder as gotas. Prendi as fitas com as gotas entre as duas nuvens do meio.
Depois disso foi só encher a nuvem de cima e a de baixo com paina e costurar individualmente cada uma delas.
Leleco fez cara de que gostou, mas na festa não deu tempo de entender muito bem como funciona esse negócio de fazer chover. Vamos ter que treinar um pouco...
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