Milhares de flores se abriram todas de uma vez... |
... e o beija-flor nem sabe por onde começar. |
Ando aflita esses dias, tentando dar conta de todas as coisas com as quais estou envolvida e chateada por estar atrasada com muitas delas. Ao mesmo tempo não paro de ter ideias boas, de perceber quanta coisa pode ser inventada e realizada. Frequentemente planejo postar sobre algo mas nem chego a escrever e o assunto já fica velho, porque em seguida aparece uma coisa ainda mais interessante.
Nos momentos em que estou assim, ansiosa e ativa, sem nem saber por onde começar as atividades do dia, costumo me lembrar da minha mãe e da D. Clélia - a primeira com 64, recém doutora e pós-doutoranda na USP, e a segunda com 76 anos, farmacêutica ativa por toda a vida – que sempre ouço repetirem que não conseguem entender como tem tanta gente no mundo que reclama de tédio e falta do que fazer, se há tanta coisa interessante nos esperando por aí.
Já faz tempo que me vejo jogando no time delas, me envolvendo com coisas novas mesmo ainda não tendo esgotado as coisas antigas ainda tão prazerosas. É com orgulho que visto essa camisa, e é nesse orgulho de ser curiosa e querer abraçar o mundo que tento pensar quando me perco nos meus afazeres e novas ideias.
Tenho meia dúzia de posts na cabeça esperando para entrar no blog, a horta e o quintal me pedem mais de uma hora de água diariamente, nesses dias de umidade baixa, a atividade profissional tem suas demandas normais, o almoço é preparado por mim todos os dias porque é mais barato e porque assim tenho controle sobre o que me alimenta, aceitei o convite para colaborar num portal sobre plantas e preciso produzir conteúdo novo com frequência, tenho livros imperdíveis me esperando na mesinha de cabeceira, estou fazendo à mão o presente de aniversário do Leleco, sobrinho mais novo que faz um ano em dois dias, já comecei a produzir bandeirinhas de xita, enfeites e brindes para uma festa junina que promete, estou escrevendo um projeto de educação ambiental para apresentar à prefeitura da cidade e outro para uma empresa particular, transformei duas camas de solteiro em sofá em L e ainda falta costurar os encostos, capas e almofadas, a casa está passando por uma pequena reforma e pede faxina pesada assim que acabar a pintura e daqui a pouco tenho reunião da comissão de filmes da qual faço parte, formada depois que sugeri a exibição do documentário Quem se Importa num centro cultural da cidade.
Essas são as atividades às quais já me comprometi. As novas ideias vou contando conforme forem acontecendo, porque ainda estão em desenvolvimento.
Enquanto toco mais algumas pendências por aqui, deixo links para quem quiser me acompanhar e conhecer um pouco de coisas que acho que valem a pena.
- Hoje almocei lobozó, mexidão salvador da Neide, do Come-se, para os dias em que não há mais que 20 minutos para resolver o almoço.
- O livro McGee & Stuckey's Bountiful Container, sobre hortas em vasos, chegou pelo correio faz tempo e até agora só consegui dar umas folheadas, mas já deu pra perceber que é muito bom, valeu a compra.
- O Minhas Plantas nasceu outro dia mas já é o maior portal sobre plantas do Brasil. Carol Costa tem o dedo verde pra escrever e pra escolher colaboradores - modéstia à parte! - e toda essa galera vai dar o que plantar!
- Sobre o documentário Quem se importa já postei aqui, no ano passado, e foi depois de assisti-lo que pensei em promover uma exibição aberta a toda a cidade, porque esse é o tipo de filme que deve ser mostrado ao maior número de gente possível, e então poderemos ter um mundo melhor. No início desse ano procurei o Espaço Cultural Terra Viva, que topou fazer uma sessão gratuita do filme. Cerca de 80 pessoas compareceram e foram recebidas com chopp e pipoca patrocinados, e a partir daí formou-se uma comissão para escolher os próximos filmes, já que de agora em diante teremos sessões abertas a cada dois meses.
Hoje acontece a primeira reunião da comissão, e durante minha pesquisa sobre bons documentários para sugerir conheci pessoas e filmes interessantíssimos para assistir na internet:
Entre rios - a urbanização de São Paulo fala sobre os rios que influenciaram na escolha do local para a fundação da cidade, e depois sobre o processo de canalização desses mesmos rios, que hoje correm escondidos sob o asfalto.
Nesta apresentação no TEDx São Paulo, Fábio Barbosa, presidente do Santander Brasil, fala de como é importante o que você faz no dia a dia. Na opinião do executivo, é possível fazer negócios cuidando de pessoas. Em certo momento da palestra ele cita um filósofo americano que diz "o que você faz fala tão alto que eu não consigo escutar o que você diz".
Também numa apresentacão do TED, Amanda Palmer, artista americana, conta sua experiência sobre a arte de pedir. Ela tem o recorde de arrecadação de fundos vindos de contribuições particulares através do site Kick Starter, e é da opinião de que as pessoas devem querer pagar pela música, ao invés de serem obrigadas a fazê-lo.
Num pequeno vídeo de 6 minutos, Rubem Alves fala um pouco sobre a Escola da Ponte, em Portugal, onde não há salas, séries, aulas de matérias específicas nem professores convencionais. Sobre essa maneira de ensinar ele escreveu o livro A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir.
E mais um TED, onde o ativista e captador de recursos Dan Pallotta chama a atenção para os princípios contraditórios que baseiam nossa relação com as instituições de caridade.
Escolha seu assunto preferido ou invista algum tempo e assista a tudo. Certamente você terminará a sessão transformado e com novas ideias semeadas na cabeça.
Valeu as dicas. Vou fuçar no site de plantas!
ResponderExcluirConhece o documentário "Criança, a alma do negócio"? Vale muito à pena.
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