quinta-feira, 27 de junho de 2013

Asas, pra que te quero


Passei dois dias observando a mariposa número 1 dentro do borboletário, esperando que ela parecesse um pouco ativa para então soltá-la. Ninguém disse que ela precisaria se mostrar lépida e fagueira para merecer a liberdade, mas ela ali parada o dia todo no mesmo lugar não me dava a impressão de que desejasse ganhar o mundo.

Também tive um pouco de dúvida a respeito da melhor hora para soltá-la lá fora. De dia ou de noite? Como dizem que as mariposas voam à noite, fiquei nesse dilema. Mas uma coisa era certa: dentro do vidro ela estava sem comer (e eu sem saber como alimentá-la) então achei por bem colocar o jardim inteirinho à disposição, para que ela resolvesse isso por si mesma. E me resolvi pelo fim da tarde, assim ainda é um pouco dia mas já vem caindo a noite.

Capturei-a dentro de um copo e fui pra baixo do ipê roxo, não sem antes fazer a foto acima. Foi nesse momento, quando ela abriu as asas, que confirmei se tratar de uma mariposa chamada popularmente de "olho de boi", e de Automeris umbrosa nos livros. Quando está em repouso ela esconde as asas inferiores, mas quando voa (ou se prepara para decolar), se abre toda e mostra dois grandes "olhos" pretos e amarelos bastante característicos da espécie.

Foi bem bonito quando ela entendeu que estava livre e deu duas voltas acima da minha cabeça, antes de escolher um lugar no tronco da árvore para apreciar a nova paisagem. Nova mais ou menos, porque voltou ao jardim de onde saiu lagarta, depois de passar dois meses rodeada pelos livros do escritório. É como a história dos adultos que voltam (transformados) à casa onde nasceram depois de passar um tempo estudando na cidade grande.

No final daquele mesmo dia mais alguém nasceu no borboletário, mas dessa vez com uma história um pouco complicada. Mariposa número 2 teve problemas durante a transformação e saiu da pupa com má formação da asa esquerda. Acontece nas melhores famílias, inclusive na das saturniidae.


Ainda assim a vida continua, por isso, mesmo com sérios problemas para voar ela também foi solta no jardim e vai se virar como pode.


terça-feira, 25 de junho de 2013

Como evitar o ressecamento de vasos pendentes. Ou: usando a sacolinha plástica para o bem


Nos objetos do jardim, sempre preferi materiais rústicos e naturais aos plásticos e artificiais. Sei lá, acho que eles têm mais a ver com plantas, natureza, com o "visual botânico", digamos assim. Apesar de já ter comprovado alguns benefícios dos vasos plásticos em relação aos de barro e os de fibras orgânicas, não consigo conviver com aquele visual preto brilhante e nem com os marrons que imitam barro.

Gosto mesmo quando aquele avermelhado da terracota vai ganhando manchas de umidade, e quando o xaxim e a fibra de coco ficam esverdeados de musgo. Tenho sempre a impressão de que ali se forma um micro-bioma, um ambiente cheio de vida espontânea que abriga seres microscópios que eu não vejo mas que estão interagindo com a minha planta. E estão mesmo.

Só que qualquer pessoa com um mínimo de prática com plantas já percebeu que tanto os vasos de barro quanto os de fibras naturais secam muito mais rápido que os de plástico. Se o tempo está quente, seco demais ou ventando, não há rega que dure. Você molha num dia e logo sua planta já te pede mais água. 

Isso acontece porque esses materiais são porosos e permitem que a umidade da terra vá embora facilmente. Às vezes, se estão secos demais, eles funcionam até como esponja, absorvendo a água que deveria ficar na terra, disponível para as raízes. Se você adora regar plantas, tem poucos vasos porosos ou muito tempo disponível, tudo bem. Mas se tempo ou disciplina são artigos raros na sua vida, é batata: suas consciência está sempre pesada porque suas plantas estão secas e não tão bonitas quanto poderiam estar. Assim era eu.

Mas um dia deu os "cinco minutos" e eu combinei comigo mesma que reformaria todos os vasos, trocando a terra antiga por uma novinha e adubada com húmus ou esterco e aproveitaria o embalo pra pintar todos por dentro com impermeabilizante. Falei sobre isso aqui.

Ainda estou nesse movimento, reformando aos poucos os muitos vasos de barro. Só na hortinha de temperos são quinze. No entorno da casa tem outros quinze, mais ou menos. Falta um tanto pra reformar mas tudo bem, é atividade relax, sem data marcada pra terminar.

Só que além dos de barro tenho mais quatro ou cinco de fibra de coco, pendurados, com plantas pendentes, e finalmente de um modelo que eu gosto. Meus preferidos de pendurar eram os de xaxim, feitos a partir do tronco de uma planta nativa do Brasil que se chama Dicksonia sellowiana - nome popular: samambaiaçú. Acontece que depois de muitos anos de extração descontrolada dessa planta, a comercialização dos vasos de xaxim foi proibida para evitar a extinção da espécie, já que para produzir os vasos mata-se o samambaiaçú e nunca houve a preocupação de plantios para reposição. Mas isso é história pra um outro post.

Diante da proibição do xaxim, começaram a aparecer no mercado outras opções de vasos de fibra natural, e certamente os que mais se estabeleceram foram os modelos feitos de fibra de coco. Existem diversas tecnologias de produção e diversos modelos de vasos, mas em todos os casos existe o mesmo problema de ressecamento da terra, assim como acontece nos vasos de barro. Só que os de fibra não dá pra pintar por dentro. 

A solução que encontrei foi forrá-los com uma sacolinha plástico, que faz as vezes da tinta impermeabilizante. Qualquer sacolinha serve, desde que não seja de plástico biodegradável, senão em alguns meses ela se decompõe. É importante encontrar uma sacolinha do mesmo tamanho ou um pouco maior que a parte interna do vaso, pra que a forração fique bem ajustada, e fazer um ou dois furos no fundo, pra que o excesso de água possa pingar para fora.


Neste caso minha primeira opção de sacolinha (na foto acima) ficou um pouco pequena, então acabei trocando por outra maior.


Primeiro abri a sacolinha dentro do vaso e depois cortei a parte das alças um pouco abaixo das bordas da fibra, pra que o plástico não fique aparecendo depois de tudo pronto.


Colocar um pouco de terra no fundo ajuda a fazer a sacolinha parar quieta no lugar. Assim fica mais fácil fazer o corte das beiradas.

Depois é só continuar com o jeito normal de montar vasos: um tanto de terra no fundo, o torrão com a planta e mais terra em volta e em cima para preencher todo o espaço. E assim você tem um vaso de fibra de coco que mantém a umidade da terra como um vaso de plástico. Bingo!

Obs: No caso de vasos pendentes eu não costumo fazer a camada de drenagem abaixo da terra (veja aqui), já que pelo furo do fundo a água pinga livre, sem obstáculos.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Preparativos para festa junina - parte 2. Garrafinhas para suco


Tem gente que chama de frescura, mas pra mim o nome é certo mimo. 'Inda mais em se tratando de festa junina, onde tudo é feito com capricho e as meninas se empetecam de saias rendadas e tranças amarradas com fita.

Ainda no clima da preparação das bandeirinhas e outras bonitezas, chegou o momento de usar as garrafinhas de leite de coco que venho juntando há quase dois anos. Desde o começo da "coleção" já visualizava esse jeito de servir suco mas ainda não tinha tido oportunidade de experimentar.

É tudo simples e rústico, como pede a festa. A juta tem uns 4 cm  de largura e foi aproveitada de uma embalagem para presente; as tirinhas de chita sobraram do corte das bandeirinhas, e os canudos, único item comprado, vieram do supermercado do bairro.

Se as garrafinhas estão prontas com antecedência, o trabalho de servir durante a festa é o mesmo de encher copos. Com uma jarra e um funil, rapidinho você dá conta do recado. E não tem convidado que não se sirva dizendo ai, que bonitinho...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Nasceu!


Eu nem sei se o termo é esse, mas a primeira coisa que consegui dizer foi NASCEU!, ontem, no fim da tarde, quando encontrei essa criatura com asas dentro do borboletário.


Como já era esperado, é alguém completamente diferente daquelas taturanas carnavalescas, listadas de branco e verde limão que viveram dentro do vidro por mais de 60 dias. Por enquanto essa é a única "desencasulada", e o mais estranho é que eu não sei de onde ela saiu, porque conto os casulos e todos continuam aparentemente intactos. 

Talvez ela seja a explicação de uma confusão na contagem que aconteceu nos primeiros dias de borboletário. Me lembro que em algum momento achei que tinha 10 taturanas vivendo ali, mas quando encontrei mais uma no jardim e a levei para dentro do vidro, repeti a contagem e de novo deu 10. É muito pouco provável que tenha acontecido uma fuga, porque o vidro ficou o tempo todo bem fechado, então hoje penso que se todos os casulos estão intactos e apareceu uma mariposa, ela deve ser a sumida que encasulou em algum lugar e eu não vi. É a única explicação.

O fato é que não tive coragem de soltá-la ontem e nem hoje, ainda. E quando amanheceu o dia encontrei uma coisa branca escorrida no vidro onde ela ficou paradinha desde que a descobri. Até agora não a vi voar; está olhando o jardim pela janela, pousada ao lado de onde ficou ontem.


Só que o dia da liberdade tem que ser hoje, porque não sei o que dar para ela comer e nem faz sentido criar uma mariposa no vidro, coitada. É hora de ganhar o mundo. E que venham as outras.

Para acompanhar essa história desde o início, clique aqui e leia os posts de baixo para cima.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Preparativos para a festa junina. Ou como fazer bandeirinhas de chita


Meu dever de casa dos últimos dias tem sido a elaboração e a produção de uma festa junina charmosa que vai rolar neste final de semana. Vai ter fogueira, quentão, comidinhas juninas, pescaria com brindes... e tudo feito por nós, evitando o máximo possível comprar pronto. Por que? Ah, porque planejar é uma delícia, fazer é mais gostoso ainda, e ver tudo pronto no final, saído da sua cabeça e das suas mãos, dá um orgulho que só sentindo pra saber.

Comecei a produção pelas bandeirinhas, que não podem faltar, e resolvi fazer tudo de chita. Já que é pra fazer, vamu fazê bunito! A Mari ajudou comprando três estampas diferentes do tecido, pra ficar tudo bem colorido. Segundo ela, em São Paulo, na rua 25 de março, point da mercadoria barata, o metro da chita custa R$ 5,30. Aqui em Holambra e nas pequenas cidades ao redor (Jaguariúna e Artur Nogueira) encontrei a R$ 7,50.


O primeiro passo foi planejar as dimensões no papel, de acordo com os cortes de tecido que compramos. Decidi por 15 cm de altura (mais 2 cm para fazer a dobra que cola no barbante), 13 cm de largura e 6,5 cm no triângulo que forma as pontinhas.


Definidas as medidas, fui dobrando o tecido, fracionando sua largura de 1,40 m até chegar numa tripa de aproximadamente 17,5 cm. São 3 dobras: a primeira já vem de fábrica, dobrada no rolo da loja. O 1,40 m vem dobrado em 70 cm. Depois dobrei no meio de novo, fazendo uma tripa de 35 cm, e dobrei mais uma vez no meio, chegando em 17,5 cm. Deu pra entender? Assim, de cada corte já saem 8 bandeirinhas de uma vez e a produção fica 8 vezes mais rápida.

Daí, usando esquadro e um estilete de lâmina circular, dividi a tripa de tecido dobrado em retângulos de 17 cm de altura (cortando uma beiradinha de um lado e de outro para tirar fora as dobras do tecido) por 13 cm de largura.
 

Com o molde de papel e uma caneta esferográfica marquei o triângulo de baixo em todos os montinhos de 8 retângulos de tecido e depois cortei todos eles com uma tesoura bem afiada. Ferramentas eficientes ajudam muito nesses tarefas. Nada pior do que ficar lutando com uma tesoura que não corta.


Enquanto fazia os cortes descobri que usar uma garrinha dessas de prender papel ajuda muito, mantendo os 8 tecidos unidos. Sem ela você começa a cortar e montinho vai escorregando, fugindo da tesoura. O corte começa certo e termina todo torto.


No final de 3 horas de trabalho produzi 360 bandeirinhas. Cada corte de 2 metros de chita rendeu 120 unidades. Pra não dizer que ficou perfeito, depois de pronto achei que elas poderiam ser um pouco mais longas lá em cima, na parte que vai colada no barbante, pra gente poder dobrar uma abinha com mais folga. Mas tudo bem. Esse tamanho foi o exato para esse rendimento do tecido. Se você quiser seguir as dicas e mudar a altura, refaça o cálculo do tecido.

Terminei de cortar tudo já tarde da noite, mas não aguentei de ansiedade e ainda montei um fio de 4 metros para um test drive. Adoro ver pronto! Usei um barbante de algodão e cola branca, passada com pincel. No dia seguinte, quando amanheceu, o jardim já tinha cara de festa junina.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aprenda a cultivar orquídeas com Carol Costa


Você ama orquídeas, mas vive matando as coitadas? Compra a planta cheia de flores e ela não fica nem um mês bonita na sua casa? Morre de culpa quando ganha um vaso imaginando que ele será sua próxima vítima? Colega "garden killer", você não está só. Venha se redimir nesse divertido rehab, ops, encontro que a jardineira Carol Costa preparou.


No dia 15 de junho, a partir das 9h30, Carol abre o primeiro Curso de Cultivo de Orquídeas do portal Minhas Plantas, no bairro de Pinheiros, em São Paulo (SP). Você terá a companhia de outros "matadores de orquídeas" prontos para superar essa fase e ter plantas bonitas, saudáveis - e vivas! - por muitos anos. Jornalista e colunista da Rádio Globo SP, Carol vai contar como ela mesma conseguiu passar de assassina de plantas a orquidófila, além de ensinar todos os truques de cultivo: onde plantar, quantas vezes regar, como escolher o vaso e o que usar na adubação. Cada participante fará um transplante e levará para casa uma orquídea, além, claro, de mimos exclusivos oferecidos pela MB Flores.


Depois da aula prática, todos participarão de um almoço de confraternização no restaurante francês Sarrasin, que preparou um cardápio delicioso para o evento. E tem mais: venda de plantas, vasos e adubos a preços promocionais e ainda uma visita monitorada a um garden center quase secreto. Vai ser um sábado delicioso e instrutivo que até as crianças podem participar! Inscrições e mais informações aqui.


terça-feira, 4 de junho de 2013

A visita da jiboia Anaconda


Não que aqui seja muito meio do mato. Na verdade estamos em área até bastante urbanizada, a apenas 3 km do centro da cidade e com pista de asfalto no portão (nem é porteira). Mas como as propriedades do entorno são todas de produção rural, a paisagem ora é milho, ora é soja. Às vezes feno ou trigo, também. E a fauna silvestre que mora por aqui é a que ainda consegue conviver com essas culturas e se alimenta direta ou indiretamente delas. Dos bichos que andam no chão tem siriema, saracura, teiú, cobra...

Era um sábado, e nós estávamos nos preparando pra receber um grupo de ingleses que vinha conhecer a produção de árvores nativas. Aproveitamos a sombra da enorme lichia e arrumamos uma bonita mesa de lanche com sucos coloridos, biscoitinhos de coco, bolo de fubá e arranjo de flores, tudo bem caprichado. Já era quase hora do ônibus chegar com os turistas quando um vizinho parou na pista aqui em frente, ergueu a cabeça por cima da cerca viva e gritou pessoal, vocês vão receber visita!

A primeira coisa que passou pela cabeça foi que em cidade pequena todo mundo sabe tudo, mesmo. Mas e daí que a gente vai receber visita? Isso lá é motivo pra vizinho assuntar por cima da cerca alta, gritando da rua?

Só que ele insistiu e gritou de novo: pessoal, visita!

É que ela vinha chegando. Um pouco menos comprida que um ônibus de turistas, mas serpenteava pelo chão atravessando o asfalto, decidida a entrar aqui. O vizinho vinha passando de carro, reduziu pra não passar por cima dela e sabiamente parou para protegê-la de outros carros e avisar os anfitriões, porque afinal de contas é sempre bom saber que se tem uma hóspede de um metro e meio de comprimento em casa, principalmente em dia de lanchinho para turistas europeus.


Nessa hora bateu um nervoso. Não exatamente pela jiboia, linda, brilhante, o centro do corpo grosso como um abacate, mas porque tudo sempre acontece ao mesmo tempo. E aí, o que fazer?

Mas de novata aqui só tem eu. Flop já passou por isso umas quatro ou cinco vezes nos últimos 30 anos e logo cantou a jogada: você fica aqui vigiando onde ela vai que eu vou buscar um saco e um balde. A gente coloca ela no saco, o saco no balde, tampa, e quando os ingleses forem embora soltamos ela numa matinha perto daqui.

Passei uns minutos ali, olhando aquele bicho bonito andar jardim a dentro. Não deu medo, não. Ela é muito calma, passeia como se a vida fosse só aquilo mesmo: a grama, o sol quentinho, um jardim bonito, uma mesa de lanche...

Veio um saco grande (de farinha da marca Anaconda), um balde de 200 litros, uma pá e uma chapa de metal. Devo dizer que duvidei que ela entraria no saco. A troco de quê? Mas quando a cobra se vê com duas criaturas em volta olhando pra ela, uma chapa de metal de um lado, uma pá do outro e um saco aberto na frente, tipo caverna, acho que pensa que talvez seja melhor se esconder.

Ela colocou a linguinha pra fora, sentindo o cheiro da caverna, e foi entrando. Simples assim.




Foi até o fundo, se enrolou lá dentro com requintes de flexibilidade e relaxou.

Depois de quinze minutos chegaram os ingleses, que conheceram o viveiro, passaram (sem saber) diversas vezes ao lado da cobra ensacada dentro do balde, tomaram lanchinho, bateram muito papo e foram embora elogiando o sítio e nossa simpatia e hospitalidade. Talvez consigam desfazer, mundo a fora, as velhas histórias de que no Brasil a gente é selvagem, anda de canoa, tem cobras em casa...

O dia terminou numa mata junto a um pequeno rio, com a cerimônia de soltura da jiboia batizada de Anaconda. De início ela nem quis sair, mas depois de uns minutos e de uma chacoalhadinha no saco de farinha, pôs a cabeça pra fora, cheirou outra vez com a língua e percebeu a mata. Daí foi.




Logo nos primeiros metros de vegetação densa virou à esquerda e encontrou uma árvore. Depois de um dia diferente, de asfalto, grama, saco de farinha, balde e viagem de carro, Anaconda achou que seria bonito ver o pôr do sol do alto. E subiu.